Tempestade tropical ganha força e transforma-se no Furacão Sam
O Oceano Atlântico continua numa verdadeira ebulição, visto já ter produzido um número considerável de tempestades esta época e não mostrar qualquer sinal de abrandamento. Fique a saber tudo sobre a evolução de Sam, o mais recente furacão!
Uma depressão tropical criada no meio do Oceano Atlântico transformou-se ontem na 18.ª Tempestade Tropical nomeada durante a época de furacões do Atlântico de 2021. A tempestade tropical Sam, assim nomeada pelo Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos da América, encontra-se a nordeste do continente sul americano, com ventos sustentados que já atingem os 95 km/h (com rajadas mais intensas), estando a movimentar-se para Oeste a uma velocidade aproximada de 26 km/h.
O valor da pressão atmosférica mínima estimada para o centro desta tempestade é de 997 mb, sendo que os ventos fortes associados a este evento se estendem num raio de 95 km a partir do centro.
A análise estatística deste evento reveste-se de especial importância, porque estamos na presença de um conjunto de recordes: a 18.ª tempestade nomeada até ao dia de ontem iguala o recorde do ano passado (2020). Escrito de outra forma, 2020 e 2021 são os anos em que mais cedo se atingiram as 18 tempestades desde o início da época. Ao utilizar outra escala, é possível perceber que o Sam é a 13.ª tempestade nomeada no período compreendido entre os dias 11 de agosto e 23 de setembro. O recorde foi estabelecido no ano passado, quando no mesmo período ocorreram 14 tempestades.
Entretanto, há pouco menos de uma hora, Sam transformou-se num furacão e pode tornar-se num "grande furacão" (major hurricane) entre a noite desta sexta-feira, dia 24 e as primeiras horas de amanhã, sábado, 25 de setembro. Se isto acontecer, o ano de 2021 entra no top-12 das temporadas em que se registaram 4 "grandes furacões" antes do fim do mês de setembro.
Impactes, atuais e futuros
Neste momento, a tempestade Sam continua a movimentar-se de forma relativamente lenta sobre o Oceano Atlântico. Até ao fim da semana espera-se ainda um maior abrandamento no seu movimento, mantendo a trajetória para Oeste, sendo que durante o fim de semana é expectável que se desloque para Oes-noroeste (WNW).
Apesar de não apresentar impactes concretos na superfície terrestre, pelo menos a curto prazo, espera-se que o perímetro exterior do Sam afete, no início da próxima semana, o arquipélago das Antilhas. Estas ilhas são de pequenas dimensões em termos de área e são também pouco povoadas. Contudo, um evento desta dimensão representa sempre perigo tanto para as infraestruturas como para a população.
Para além dos ventos fortes, geralmente estes fenómenos fazem-se acompanhar de chuva intensa, forte agitação marítima e trovoada. Estes fatores, por si só ou quando conjugados podem provocar inundações graves (urbanas ou costeiras), desmoronamento de estruturas, aluimentos de terra, cortes de estradas e de linhas de caminho-de-ferro, bem como interrupções no abastecimento de água canalizada e de energia elétrica.
Se a temporada de furacões de 2020 foi especialmente intensa, a de 2021 não parece querer ficar atrás!