Tem mais de 50 anos? É altura de fazer uma colonoscopia, pois a deteção precoce do cancro do cólon pode ser curada
Este tipo de cancro ocorre quando as células começam a crescer fora de controlo algures no cólon. Na maioria dos casos, as células cancerígenas formam um tumor.
No âmbito do Dia Mundial do Cancro Colorrectal (assinalado a 31 de março), a Organização Mundial de Saúde recorda que este cancro, se detetado precocemente, tem uma elevada probabilidade de cura. Este tipo de cancro tem origem na mucosa do fim do tubo digestivo e é classificado como cancro do cólon ou cancro do reto, consoante a sua localização anatómica.
Estes cancros desenvolvem-se quando células anormais crescem descontroladamente no cólon ou no reto, formando tumores nestas zonas. Com o tempo, estes tumores podem acumular alterações celulares que os transformam em cancro, definido como células que invadem outros tecidos e se espalham para além do seu local de origem.
No mundo, foram registados cerca de dois milhões de novos casos, com uma maior incidência nos homens do que nas mulheres. Estima-se mesmo que, no México, este cancro se posiciona como o terceiro tumor mais diagnosticado, registando 16.082 novos casos, e nas mulheres é a terceira causa de morte.
Nos homens, este cancro é o segundo mais frequente, com 8.359 diagnósticos, enquanto nas mulheres foi registada uma incidência de 7.723 casos, o que o torna o quarto mais frequente no país. O cólon é a primeira e mais longa parte do seu intestino grosso. Absorve a água e alguns nutrientes dos alimentos.
Apesar desta elevada incidência, os crescimentos anormais de tecido no intestino, chamados pólipos, normalmente não causam sintomas, mas podem ser pré-cancerosos. Dependendo do tamanho do tumor e da sua localização no intestino grosso, podem manifestar-se alguns sinais e sintomas no corpo, tais como:
- Alteração dos hábitos intestinais, como diarreia ou obstipação.
- Hemorragia retal ou sangue nas fezes.
- Desconforto contínuo na zona abdominal.
- Sensação de que o intestino não se esvazia completamente durante a defecação.
- Fraqueza ou cansaço.
- Perda de peso não intencional.
Mas as pessoas com mais de 50 anos podem também ser mais suscetíveis de desenvolver este tipo de tumor, razão pela qual as pessoas com mais de 50 anos devem consultar o seu médico para efetuar dois exames: uma colonoscopia e uma análise de sangue nas fezes.
O cancro colorretal nem sempre causa sintomas nas fases iniciais, mas após a doença estar avançada, podem surgir alterações nos hábitos intestinais, tais como:
- Diarreia
- Prisão de ventre
- Sensação de que o intestino não se esvazia completamente
- As suas fezes são mais finas ou têm uma forma diferente do habitual
- Sangue (vermelho vivo ou muito escuro) nas fezes
- Dores frequentes de gases, inchaço, plenitude ou cãibras
- Perda de peso sem razão aparente
- Fadiga
Tratamento
O plano de tratamento para esta doença será determinado por um oncologista e dependerá da etapa da doença. O plano pode incluir cirurgia, radioterapia ou quimioterapia, ou uma combinação de vários.
Prevenção
Os especialistas alertam que o abuso destes quatro alimentos aumenta o risco deste cancro: carne vermelha, carne processada, açúcares e álcool. Para além disso, recomenda-se uma dieta saudável, que inclua uma variedade de frutas, legumes e cereais integrais.
Os alimentos acima mencionados fornecem-nos vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes, que podem ter influência na prevenção do cancro. Evite o consumo de álcool tanto quanto possível, não fume, pratique atividade física diariamente e mantenha um peso saudável.