Telhados verdes impressionantes em todo o mundo: uma solução sustentável para edifícios urbanos

Telhados verdes estão cada vez mais populares em todo o mundo. Estas estruturas cobertas por vegetação contribuem para a preservação ambiental, reduzem o escoamento de águas pluviais e ajudam a mitigar o efeito da Ilha de Calor Urbano.

telhados verdes; urbano; sustentabilidade
Telhados verdes urbanos valorizam as cidades e atenuam muitos dos problemas decorrentes do crescimento urbano.

Numa tendência crescente de projetos arquitetónicos sustentáveis, os telhados verdes estão a chamar à atenção em todo o mundo. Também conhecidos como “telhados vivos”, estas estruturas cobertas por vegetação e plantas estão a tornar-se cada vez mais populares devido aos seus diversos benefícios ambientais e estéticos.

Além de adicionar uma pitoresca beleza natural aos edifícios, os telhados verdes desempenham um papel crucial na preservação ambiental. Em cidades como Washington, Chicago, Filadélfia e Nova Iorque, nos Estados Unidos, a instalação de telhados verdes é promovida por meio de incentivos financeiros. Desde 2008, o número de instalações duplicou, totalizando agora mais de 17,5 milhões de metros quadrados de telhados verdes em todo o país.

Estas estruturas não apenas se constituem como habitats para aves e absorvem os poluentes do ar, mas também têm um impacto significativo na redução do escoamento de águas pluviais e ajudam a evitar o extravaso da água das sarjetas. Além disso, os telhados verdes contribuem para a redução do efeito da Ilha de Calor Urbano, onde a existências de superfícies de concreto e asfalto podem elevam a temperatura do ar nas cidades em vários graus celsius.

Musée du Quai Branly, em Paris (França)

De entre os exemplos mais notáveis de telhados verdes a nível mundial, destaca-se o Musée du Quai Branly, em Paris, França. Projetado pelo renomado botânico francês Dr. Patrick Blanc, o jardim vertical apresenta 198 metros de comprimento e 12 metros de altura, sendo um dos mais famosos e fotografados do mundo. Além disso, a França aprovou uma lei que exige a cobertura parcial dos telhados dos novos edifícios com painéis solares, patenteando o seu compromisso com as práticas ambientalmente sustentáveis.

Musée du Quai Branly; Paris
Musée du Quai Branly, em Paris, uma referência enquanto jardim vertical, com 12 metros de altura.

California Academy of Sciences, em São Francisco (Estados Unidos)

Outro exemplo notável trata-se do telhado vivo da California Academy of Sciences, em São Francisco, nos Estados Unidos. Constituído por 50 000 tabuleiros de vegetação biodegradáveis e com estrutura que privilegie a porosidade, o telhado abriga aproximadamente 1,7 milhões de plantas, proporcionando um habitat extraordinário para pássaros, insetos e outras espécies. Além disso, este prédio possui certificação LEED Double Platinum, destacando-se como um exemplo de sustentabilidade.

Vancouver Convention Centre (Canadá)

No Canadá, o Vancouver Convention Centre abriga o maior telhado verde não industrial da América do Norte. Com mais de 400.000 plantas e gramíneas nativas, este amplo telhado constitui-se um bom exemplo de isolamento térmico, reduzindo os ganhos de calor no verão e as perdas de calor no inverno. Abriga também colmeias de abelhas, promovendo a polinização das plantas e a produção de mel local.

Nanyang Technological University (Singapura)

Também em Singapura se destaca com uma estrutura verde imponente. Esta encontra-se na Nanyang Technological University (NTU), cujo telhado verde inclinado cria um ambiente agradável e ajuda a regular a temperatura do edifício. Com um sistema de aspersão automática que utiliza água da chuva, o relvado deste telhado permanece verde e saudável durante todo o ano.

Nanyang Technological University; Singapura
Nanyang Technological University, cujo telhado inclinado ajuda a regular a temperatura do edifício.

Global Change Institute, The University of Queensland (Austrália)

Já na Austrália, o Global Change Institute, The University of Queensland é um exemplo de construção sustentável. Com projeção de características eco-friendly, designadamente a proteção solar automática, o sistema de águas e as paredes verdes, o edifício recebeu a classificação Green Star de carbono zero e gera mais energia do que aquela que consome.

ACROS Fukuoka Prefectural International Hall (Japão)

No Japão, o ACROS Fukuoka Prefectural International Hall destaca-se pela sua abordagem agro-urbana inovadora. O arquiteto Emilio Ambasz, que estuda as estruturas verdes e sustentáveis, criou um projeto que combina os espaços verdes com a estrutura arquitetónica, onde procurou primar não só às necessidades do promotor da obra quanto aquelas que são manifestadas pelo público.

Benefícios múltiplos noutras partes do globo

Não é apenas nos países mencionados que os telhados verdes estão a ganhar popularidade. Em todo o mundo, diversas cidades têm adotado estatutos e políticas que incentivam a implementação destas estruturas, como em Tóquio, Toronto, Copenhaga ou Zurique.

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Com benefícios múltiplos, nomeadamente ambientais e estéticos, os telhados verdes são uma tendência em crescimento exponencial na arquitetura urbana à escala global. À medida que mais edifícios imprimem esta abordagem, espera-se que as cidades se tornem mais verdes e resilientes, promovendo um futuro mais sustentável para todos.