Super tufão Hinnamnor ameaça sul do Japão com ventos de até 260 km/h!

A época de tufões do Pacífico está no seu pico de atividade, sendo que este evento está a colocar em sentido os meteorologistas locais devido à sua força, intensidade e também pela dificuldade em traçar uma previsão precisa. Fique a saber mais sobre este tema, aqui!

Tufão.
Imagem de satélite de um tufão em pleno desenvolvimento sobre o Pacífico.

O tufão Hinnamnor é o 11.º evento da temporada de tufões do Pacífico, que decorre entre abril e dezembro, mas que regista o seu pico de atividade precisamente nesta altura (final de agosto, início de setembro). O Hinnamnor desenvolveu-se a Nordeste da Marianas Setentrionais, no passado dia 27 de agosto e desde então tem vindo a ganhar força enquanto se desloca para Oeste.

A população (...) foi aconselhada a procurar abrigo, tendo o em conta a violência da chuva e principalmente dos ventos que podem causar o desabamento dos edifícios mais frágeis.

Este evento foi classificado, pelo instituto de meteorologia japonês (JMA, na sigla em inglês) como tufão violento, pois os ventos superam os 194 km/h (chegam aos 230 km/h). Desde o final do dia de ontem e igualmente no dia de hoje será considerado um super tufão, pois está previsto que os ventos possam atingir os 260 km/h. A pressão atmosférica no centro do furacão desceu a um nível entre os 920 mb e os 930 mb, sendo que está a mover a cerca de 30 km/h.

Prevê-se que a trajetória do tufão não incida nas principais ilhas japonesas, já que este se encontra a mais de 500 km a Sul da maior ilha do Japão, mas é certo que vai afetar os territórios mais a Sudoeste, ilhas de menor dimensão e com menor densidade populacional. Para além das ilhas japonesas, é expectável que este evento tenha repercussões em Taiwan e ainda no litoral Sudeste da China até ao fim da semana.

Consequências da passagem de mais um tufão

O Hinnamnor poderá ter consequências destrutivas principalmente em território japonês. A ilha mais a sudoeste do Arquipélago de Ryukyu, nomeadamente a Ilha de Okinawa, onde se situa a cidade de maior dimensão, Naha, poderá esperar ventos muito fortes e precipitação intensa. Num espaço de 24 horas é expectável que a precipitação atinja os 300 mm em alguns locais deste conjunto de ilhas e as rajadas de vento podem superar os 270 km/h. Ventos sustentados com uma velocidade superior a 90 km/h são sentidos a mais de 100 km do centro do “olho” do tufão.

A população da pequena ilha de Amami, tal como a de Okinawa foi aconselhada a procurar abrigo, tendo em conta a violência da chuva e principalmente dos ventos que podem causar o desabamento dos edifícios mais frágeis. As áreas costeiras também estão em alerta devido à agitação marítima pois são esperadas ondas que podem atingir os 9 metros.

Um outro sistema depressionário, denominado Gardo, está a desenvolver-se no Mar das Filipinas, tendo uma dimensão e um impacto muito menor em relação ao Hinnamnor, sendo que está a dirigir-se a este. Prevê-se que na próxima quinta-feira, dia 1 de setembro, a trajetória dos dois tufões seja convergente, enquanto ambos perdem a sua força.

Esta região do Pacífico está na plenitude da época dos tufões, sendo que para este ano são esperados, pelo menos, 20 eventos como este. Pode considerar-se assim que este tipo de eventos é comum, provocando regularmente cheias, derrocadas e destruição generalizada.