Super Lua, Lua Azul e Lua de Sangue: veja o que acontece esta quarta-feira
A 31 de janeiro não perca a oportunidade de observar três raros eventos lunares como a Super Lua, a Lua Azul, observada pela última vez há 150 anos e a Lua de Sangue que só será observável em alguns locais.
No próximo dia 31 ocorrem três eventos lunares que vão sobrepor-se dando origem a um fenómeno raríssimo do Cosmos. Super Lua é o nome designado para a ocorrência de luas cheias quando a lua está perto do perigeu – ponto da sua órbita mais próximo da Terra. De acordo com a NASA, estas luas podem aparecer até 14% maiores e 30% mais brilhantes. Chama-se Lua Azul à segunda lua cheia dum determinado mês – 31 de janeiro será a segunda lua cheia do mês – sendo que a primeira lua cheia ocorreu no dia de Ano Novo. Lua de Sangue deriva do eclipse lunar que acontecerá na madrugada do último dia do mês e que confere à lua uma cor temporariamente avermelhada.
De acordo com o Observatório Astronómico de Lisboa, “fala-se em Super Lua sempre que o instante de Lua Cheia ocorre quando a Lua está a uma distância da Terra inferior a 110% do perigeu da sua órbita”. Quando observamos a Lua próxima do horizonte dá-se um efeito extra de ampliação o que confere a sensação do corpo celeste ser maior e ainda mais brilhante do que o habitual.
A este fenómeno surge a associação de um outro – a Lua Azul – nome dado à segunda lua cheia do mês (a primeira foi a 1 de janeiro de 2018). As luas azuis ocorrem pela falta de sincronização entre o mês lunar e os nossos meses. 29,5 dias é o tempo que a Lua demora a orbitar por completo em redor da Terra, tempo este em que conseguimos observar todas as fases do ciclo lunar – Lua Nova, quarto minguante, quarto crescente e Lua Cheia. Sabe-se também que os meses terrestres têm 30 ou 31 dias (exceto fevereiro) pelo que, por vezes, há duas luas cheias no mesmo mês. À segunda dá-se o nome de Lua Azul.
Mas porquê Lua Azul? No vocabulário inglês a expressão idiomática “once in a blue moon” remonta a um acontecimento raro. Segundo o Observatório Astronómico de Lisboa, “a origem da designação lua azul remonta ao século XVI, quando algumas pessoas que observavam a lua a olho nu achavam que ela era azul”. De acordo com esta fonte, “anos depois, discussões a respeito deste assunto, mostraram que era um absurdo a lua ser azul, o que gerou um novo conceito para lua azul com o significado de ‘nunca’”. Por ter o significado de ser tão raro, à segunda Lua Cheia dum mês atribuiu-se a designação de Lua Azul. Este fenómeno lunar (Lua Azul) não acontece há 152 anos e o último que se sucedeu data de março de 1866. Clique aqui para saber mais.
Se o eclipse lunar será visível apenas em alguns locais do nosso planeta, como na Ásia, na Austrália, no Oceano Pacífico, no oeste da América do Norte, Nova Zelândia e leste da Rússia na América do Sul, os restantes fenómenos lunares serão bem observáveis em Portugal. Trata-se de uma oportunidade ideal para estudar o corpo celeste lunar. Segundo a NASA, o eclipse dá a oportunidade de ver o que acontece quando a superfície da lua arrefece rapidamente. Estas observações permitirão ajudar os cientistas a perceber as características do rególito (a mistura de solo e rochas soltas na superfície lunar).
Não perca a oportunidade de seguir em direto este raríssimo acontecimento astronómico, clicando aqui para ver a transmissão providenciada pela NASA.