Setembro de 2023 foi o setembro mais quente da Terra num registo de 174 anos
A NOAA divulgou a análise da temperatura global referente ao mês de setembro e concluiu que este mês foi o setembro mais quente da Terra desde há 174 anos.
Os Centros Nacionais de Informação Ambiental (NCEI-National Centers for Environmental Information) da NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration) dos EUA calculam mensalmente a anomalia da temperatura global com base em dados preliminares gerados a partir de observações de temperatura de todo o mundo tanto da superfície da terra como da superfície dos oceanos.
Temperatura no Globo no mês de setembro
Segundo os cientistas dos Centros Nacionais de Informação Ambiental da NOAA, setembro de 2023 estabeleceu um recorde como o setembro mais quente do globo nos 174 anos de registo da NOAA. A temperatura média da superfície do globo em setembro foi 1,44 °C acima da média do século XX para setembro, que é de 15,0 °C.
Setembro de 2023 foi 0,46 °C acima do recorde anterior de setembro de 2020 e marca a maior anomalia mensal positiva de temperatura média global de qualquer mês registado.
Os últimos dez meses de setembro (2014-2023) foram os meses de setembro mais quentes de que há registo.
Setembro de 2023 marcou o 49º mês consecutivo de setembro e o 535º mês consecutivo com temperaturas acima da média do século XX.
Temperatura nos continentes e oceanos
Setembro de 2023 igualou agosto de 2023 no que respeita à anomalia mensal mais elevada da temperatura média da superfície do mar (+1,03 °C) de qualquer mês no registo de 174 anos da NOAA.
As temperaturas à superfície do mar estiveram acima da média em grande parte do Pacífico norte, oeste e sudoeste, bem como no Atlântico e no Oceano Índico. Mantiveram-se as condições do El Niño.
As temperaturas estiveram acima da média na maior parte da América do Norte e Sul, Europa, África, Ásia, Oceânia e Antártida. O sudoeste e centro leste da Ásia, sudoeste da Oceânia e Antártida registaram temperaturas recorde este mês.
Neste mês de setembro, 20% da superfície terrestre foi atingida por temperaturas recorde altas, a percentagem mais elevada de todos os meses desde o início dos registos em 1951.
A América do Norte e Sul, África e a Europa tiveram o mês de setembro mais quente de que há registo. A América do Sul teve um setembro que foi 2,48 °C acima da média do século XX, tornando-se o seu maior desvio mensal de temperatura em relação à média de qualquer mês registado.
Precipitação
A precipitação acima da média, em setembro, foi observada em partes do sul da Ásia, sul da Rússia, nordeste e oeste dos EUA e Nova Zelândia.
De referir as chuvas fortes que se fizeram sentir na parte leste da Líbia com inundações catastróficas que levaram à morte mais de 10000 pessoas. No sul do Brasil também ocorreram fortes inundações e em Nova Iorque, no dia 29, a precipitação muito intensa levou a que se declarasse estado de emergência.
Gelo no Ártico e na Antártida e Ciclones tropicais
A extensão de gelo no Ártico foi a 5ª menor extensão para setembro e atingiu no dia 19 a sua 6ª menor extensão do ano. A Antártida, pelo quinto mês consecutivo, atingiu um recorde de menor extensão.
O ciclone tropical Saola atingiu Hong Kong, provocando fortes impactos na região.