Rios americanos em perigo – a poluição dos recursos hídricos está a aumentar!
As águas superficiais da América do Norte estão cada vez mais poluídas, situação que pode pôr em perigo a saúde de milhões de pessoas. Fique a saber mais sobre este assunto, connosco!
O rio Tijuana é um curso de água intermitente que nasce na Serra de Juárez, a cerca de 70 km da cidade de Enseada, que se situa na província da Baixa Califórnia. Este curso de água tem uma extensão de quase 200 km e corre de forma quase paralela à fronteira entre o México e os Estados Unidos da América. No curso final, ou seja, nos últimos 8 km, depois de passar a cidade que lhe dá o nome, Tijuana, entra no território dos Estados Unidos onde desagua no Oceano Pacífico.
Novos estudos indicam que este é um dos rios mais ameaçados do continente americano, pois os esgotos da cidade de Tijuana desaguam, sem qualquer tipo de tratamento, no curso do rio. As águas estão poluídas, tanto de forma química como de forma visível, seja com dejetos ou com embalagens plásticas de vários tamanhos e feitios.
Sabe-se também que o estuário do Rio Tijuana desempenha um papel fulcral nos ecossistemas locais já que é o habitat e o local de reprodução de mais de 350 espécies de aves a Sul da cidade de San Diego, na Califórnia. Os impactes na natureza estão também associados à população: as praias que antigamente eram frequentadas por milhares de famílias, banhistas e surfistas são agora uma ameaça séria à saúde pública.
Medidas de proteção e mitigação
Uma associação americana de monitorização da saúde dos rios indicou que o Tijuana está no top 10 rios mais poluídos e ameaçados da América do Norte. Isto acontece essencialmente, porque há um problema grave dos dois lados da fronteira: não estão construídos sistemas funcionais de recolha de águas residuais, que consigam responder ao aumento da população naquela área.
Para garantir um Rio Tijuana mais limpo e mais seguro seria necessário apostar na construção de uma rede de esgotos mais abrangente no território, de forma que toda a água utilizada pela população e pelas atividades económicas fosse devidamente tratada antes de chegar novamente aos cursos de água e ao subsolo.
Tanto o governo americano, como o governo mexicano, já investiram alguns milhares de dólares na construção de estações de tratamento do lado mexicano, e no melhoramento e otimização das estações existentes, do lado americano. Mesmo assim, as organizações de pessoas independentes que monitorizam os maiores cursos de água consideram que os dois países devem ponderar investir muito mais na infraestrutura de tratamento de águas.
Só tomando ações concretas será possível despoluir os rios da América do Norte e garantir um futuro sustentável, tanto para os humanos como para outros seres vivos, que necessitam da água para viver.