Quer fugir à confusão das cidades europeias? Descubra quais são os 10 destinos mais sobrelotados da Europa
Com o verão ainda a dar cartas de si, as cidades europeias mais emblemáticas estão a enfrentar uma verdadeira invasão de visitantes. Mas quais são as cidades que mais sofrem com este fenómeno?
Anda a sonhar com umas férias para a sua cidade europeia favorita? Talvez queira pensar duas vezes sobre esses locais. Afinal, a Europa, apesar de ser lugar repleto de história, cultura e paisagens de tirar o fôlego, pode ser um verdadeiro íman para viajantes de todo o mundo.
A verdade é que alguns dos destinos mais icónicos estão a lutar para lidar com um fluxo de visitantes sem precedentes. Desde os pitorescos canais de Veneza à atmosfera medieval de Bruges, estas preciosidades urbanas enfrentam os problemas causados pelo turismo em excesso — e acabámos de descobrir quais as mais afetadas.
A Holidu, uma empresa de tecnologia especializada em procura e reserva de casas de férias, decidiu descobrir as cidades com mais turistas por habitante. Com base nos dados do Euromonitor International, um fornecedor de estudos de mercado, o portal de reservas analisou o número de chegadas em 2023 de cada cidade em comparação com a população.
Quer descobrir quais são?
Dubrovnik, Croácia — 27 turistas por habitante
Com um número impressionante de 27 turistas por habitante, Dubrovnik, na Croácia, é a cidade mais sobrelotada da Europa.
Outrora célebre pelo seu esplendor arquitetónico e fascínio histórico, a cidade é agora sinónimo de excesso de turismo. Mas não se assuste. Pode continuar a viajar até lá e até tentar fugir da confusão e desfrutar da beleza de Dubrovnik se reservar uma viagem em épocas específicas.
“Com uma população relativamente pequena, Dubrovnik recebe um fluxo de turistas durante os meses de verão, especialmente em julho e agosto. Recomendamos visitar no início de maio ou meados de setembro a meados de outubro para evitar as multidões”, lê-se na plataforma de reservas.
Rhodes, Grécia — 26 turistas por habitante
A próxima na lista é Rhodes, Grécia, a maior das ilhas do Dodecaneso. Com 26 turistas por cada habitante, é óbvio que se tem também tornado vítima da sua própria popularidade.
“As suas encantadoras ruas empedradas transformaram-se em movimentados corredores turísticos, enquanto a sua costa imaculada foi invadida por turistas que procuram o sol”, lê-se no blogue ‘Vou Sair’.
“Recomendamos fortemente visitar entre os meses de abril e maio para evitar a alta temporada de férias, multidões e preços mais altos”, promete o ‘Holidu’.
“Se o verão é a única oportunidade que tem para viajar, ainda pode encontrar lugares bonitos e tranquilos, incluindo a Baía de Vlycha, Gennadi e Apollona”, acrescentam ainda os autores do site ‘Vou Sair’.
Veneza, Itália — 21 turistas por habitante
A próxima cidade do ranking é Veneza. Com um número esmagador de 21 turistas por cada habitante, este destino conquista a infeliz medalha de bronze na competição europeia de sobrelotação — e o problema já não é de agora.
Com as ruas pequenas e pontes estreitas, Veneza tem uma história complicada com excesso de turismo. É que este fluxo anual de turistas acaba por ter uma grande pressão sobre a infraestrutura.
“Um dos principais problemas são os excursionistas, turistas que geralmente vêm de navios de cruzeiro que param por algumas horas por vez e não oferecem verdadeiro benefício económico para a cidade”, explica o artigo. A cidade até proibiu navios de cruzeiro de navegar pelo centro de Veneza!
“Contudo, ainda é possível encontrar a magia de Veneza em locais como o Castello, o Musica A Palazzo e a praça Secret Campi.”
Heraklion, Grécia — 18 turistas por habitante
Fora do top 3, mas não do campeonato, encontra-se a cidade de Heraklion. Com um número impressionante de 18 turistas por habitante, esta histórica cidade portuária está igualmente a debater-se com os desafios do excesso de turismo.
“O que antes era uma encantadora porta de entrada para as deslumbrantes praias e ruínas antigas da ilha transformou-se agora num grande número de turistas”, garante a plataforma ‘Vou Sair’. Mas não tenha medo. Ao afastar-se do centro da cidade encontrará algumas pérolas escondidas, como a Praia de Fodele, a Praia de Panagia, só acessível por barco, e a Praia de Pantanassas.
“Apesar da sobrecarga de turismo, Heraklion é a combinação perfeita de história, belas praias e ótima gastronomia”.
Florença, Itália — 13 turistas por habitante
Florença fecha o top 5. Esta cidade icónica, outrora uma potência cultural e artística, está agora a lutar contra um tipo diferente de obra-prima: a maré humana.
Podemos até dizer que a Ponte Vecchio, uma passagem tranquila, transformou-se, agora, num caos de selfies. Aliás, o Duomo, uma das maravilhas arquitetónica da cidade — daquelas de cortar a respiração — é frequentemente engolido por um mar interminável de turistas.
Não nos surpreender saber, portanto, que, para tentar controlar esta situação, Florença (a partir de abril de 2023) aplicou uma taxa de imposto municipal que varia entre 4,50 e 8 euros por noite, conforme a classificação do alojamento. As crianças com menos de 12 anos estão isentas deste imposto, e a taxa é paga até sete noites de estadia contínua.
Mas a lista não fica por aqui. Ao longo do ranking das dez cidades mais sobrelotadas da Europa poderá mesmo encontrar duas cidades portuguesas. Já sabe quais são?
Quem completa a lista das dez cidades mais sobrelotadas da Europa?
Com 12 turistas por habitante, Reykjavik, na Islândia, ocupa a sexta posição da listagem. Segue-se Amesterdão, Países Baixos, com os mesmos 12 turistas por habitante.
O inventário termina com Dublin, Irlanda, e os seus 9 turistas por habitante.