Quantos ciclones estão ativos no mundo, neste momento?

Torna-se importante averiguar quantos ciclones estão ativos, fazer a previsão da sua trajetória e compreender de que forma poderão afetar os territórios, as atividades económicas e a população. Fique a saber mais, connosco!

Furacão.
Imagem de satélite de um furacão de grandes dimensões na sua aproximação ao continente americano.

Nesta altura do ano é comum iniciar-se uma mudança de estados do tempo, tanto no Hemisfério Norte como no Sul. Com a chegada do inverno e do verão, respetivamente, algumas áreas começam a sentir o efeito de poderosos tufões, ciclones ou furacões. Neste momento, segundo os dados recolhidos, estão ativos pelo menos 5 grandes eventos, espalhados um pouco por todo o planeta.

Não se sabe ao certo se este número de ciclones em simultâneo (...) constitui um recorde, mas serve para que a população esteja em constante alerta para os seus efeitos, minimizando os impactes da sua passagem.

Pacífico Nordeste e Atlântico Norte

Nestas áreas, podem-se encontrar pelo menos dois eventos de grandes dimensões ativos: a tempestade tropical Otis (que entretanto, inesperadamente, se transformou em somente 24 horas no furacão Otis de categoria 5 (!)) e o furacão Tammy. O agora furacão Otis (categoria 2 neste momento e em breve tempestade tropical e depressão tropical) iniciou-se no passado domingo, dia 22 de outubro, sobre as águas do Pacífico, cerca de 2000 km a Oeste da Nicarágua. Iniciou o seu movimento para Norte, sendo que desde ontem, dia 24, já está a afetar o litoral mexicano, nomeadamente entre Salina Cruz e Acapulco. Espera-se que a tempestade Otis perca força até dia 27, próxima sexta-feira.

O furacão Tammy começou como tempestade tropical no dia 18 de outubro, no meio do Atlântico, mantendo um movimento Este-Oeste até chegar às ilhas de Santa Lúcia e Dominica, já no dia 21 do mesmo mês. No dia seguinte ascendeu à categoria de furacão de nível 1 na Escala de Saffir-Simpson, sendo que a sua trajetória passou a ser, de forma grosseira, de Sul para Norte. Espera-se que nos próximos dias este furacão não atinja áreas com muita população e que acabe por perder força por volta do dia 29 de outubro.

É ainda de salientar o surgimento de uma área de interesse, junto à costa atlântica da Nicarágua, mas que segundo a previsão não irá evoluir para um evento de maiores dimensões.

Continente americano
Furacão Tammy no Atlântico, tempestade tropical Otis no Pacífico e uma área de interesse sobre terra, na América Central.

Península Arábica e subcontinente indiano

Nestas regiões do globo há igualmente eventos dignos de destaque. Entre o chamado “corno de África” e a península arábica, a tempestade tropical Tej apresentava no dia 23 de outubro uma força equivalente a um furacão de categoria 2, com o vento máximo sustentado a chegar aos 139 km/h e as rajadas a atingir os 167 km/h. Tendo chegado à superfície terrestre, ao Iémen, perdeu a sua força e espera-se que durante o dia de hoje se dissipe.

Já no leste da Índia e no Bangladesh, é a tempestade tropical Hamoon que está a causar chuvas e ventos fortes. Desde o dia 20 deste mês que a tempestade formada sobre o Índico se desloca para Norte estando a chegar à Índia, ao Bangladesh e às áreas mais ocidentais de Myanmar. Numa fase posterior à chegada espera-se que a tempestade perca força e se dissipe durante o dia de hoje.

Leste australiano

No Oceano Pacífico Sul, no leste da Austrália é a tempestade tropical Lola que está em ação. O primeiro registo desta tempestade é no dia 23 de outubro e surge com a força de um furacão de categoria 4: ventos sustentados na ordem dos 213 km/h e rajadas que atingiram os 259 km/h. Entretanto, no seu movimento para Sudoeste, cruzou muitas das ilhas que compõem o arquipélago de Vanuatu, com algum impacte nas principais cidades: Porto Vila e Luganville, isto apesar de já ter perdido alguma força.

É esperado que até ao próximo dia 27, já com força de tempestade tropical, afete as ilhas que compõem o território francês da Nova Caledónia. Não se sabe ao certo se este número de ciclones em simultâneo, no mundo, constitui um recorde, mas serve para que a população esteja em constante alerta para os seus efeitos, minimizando os impactes da sua passagem.