Primeiro ciclone tropical do Atlântico à vista? Agatha poderá ser Alex
A temporada de furacões já está a deixar marcas na América Central, com a passagem do furacão Agatha que provocou alguma destruição no México. Os seus remanescentes poderão dar origem ao primeiro ciclone tropical do Atlântico de 2022. Contamos-lhe mais aqui!
O furacão Agatha foi o primeiro furacão da temporada de furacões no Pacífico de 2022, sendo que afetou a costa Oeste do México com a força de um furacão de categoria 2, logo no início desta semana. O seu lento movimento de deslocação (cerca de 13 km/h) potenciou os efeitos da precipitação e ventos fortes (acima dos 120 km/h), tendo provocado danos em infraestruturas públicas e privadas bem como na rede de abastecimento de energia elétrica.
Durante o dia 30 (segunda-feira) e principalmente no dia de ontem, 31 de maio, este furacão transformou-se na tempestade tropical Agatha ao perder força à medida que avançava para o interior do México e entrava em contacto com algumas formas de relevo. Apesar de enfraquecido, este evento continuou a representar perigo para as populações, sob forma de inundações repentinas e deslizamentos de terras.
Este evento acabou por se dissipar, mas é bastante provável que o remanescente, quando atingir as águas quentes do Golfo do México (Oceano Atlântico), volte a ganhar força criando assim o primeiro furacão da temporada de furacões do Atlântico de 2022, logo no dia em que esta se inicia. A confirmar-se a previsão, o evento chamar-se-á Alex e afetará inicialmente a Península do Iucatão, no México, indo alimentar-se nas águas quentes do Atlântico até chegar à costa Oeste e Sul da Península da Florida, nos Estados Unidos da América.
Quando o Agatha se transforma em Alex
Como já foi referido, os remanescentes da tempestade Agatha que vão cruzar o México e chegar à Península do Iucatão vão formar um complexo sistema de baixas pressões que até ao final da semana pode evoluir para uma depressão tropical. Segundo o National Hurricane Center (NHC), a probabilidade de formação deste evento nas próximas 48 horas é de cerca de 50%, bastante razoável. Já para os próximos 5 dias, a probabilidade está na casa dos 70%, ou seja, é elevada.
Esta depressão tropical deverá ser nomeada de Alex, dando assim início à listagem de nomes para o Oceano Atlântico, numa temporada que se prevê, mais uma vez, bastante intensa e potencialmente destrutiva. É provável que Alex se desloque no sentido Sudoeste - Nordeste, atravessando o Mar das Caraíbas e o Golfo do México. Nesta travessia, espera-se que deixe elevadas quantidades de precipitação no México, na Guatemala, no Belize e no Oeste de Cuba, durante o dia de sexta-feira, chegando às Florida Keys no fim de semana.
A população destas regiões já foi aconselhada, pela NOAA, a seguir a evolução deste novo evento, pois poderá colocar em risco tanto infraestruturas como a própria vida humana. As chuvas e ventos fortes, conjugadas com trovoadas e agitação marítima formam um “cocktail” que pode ser eventualmente fatal.