Prevê-se outra temporada de furacões no Atlântico acima da média

Este ano, a temporada de ciclones tropicais no Oceano Atlântico, que se estende desde 1 de junho a 30 de novembro, promete ser muito ativa, de acordo com as previsões da NOAA. Saiba mais aqui!

Ciclone tropical
Os ciclones tropicais são dos fenómenos meteorológicos mais devastadores à face da Terra.

O evento La Niña em curso e as temperaturas acima da média do Oceano Atlântico podem ser algumas das razões para a possível existência de uma temporada de ciclones acima da média no Atlântico.

Temporada dos ciclones tropicais no Atlântico em 2022

As previsões do Centro de Previsão Climática da NOAA, uma divisão do Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA, apontam para uma probabilidade de 65% de uma temporada acima do normal, 25% de uma temporada quase normal e 10% de uma temporada abaixo do normal.

A NOAA prevê um intervalo provável de 14 a 21 tempestades nomeadas (ventos de 63 km/h ou superiores), das quais 6 a 10 poderão tornar-se furacões (ventos de 119 km/h ou superiores), incluindo 3 a 6 furacões maiores (categoria 3, 4 ou 5; com ventos de 179 km/h ou superiores).

Ciclones tropicais no Atlântico
Este ano prevê-se que a época dos ciclones tropicais no Atlântico seja mais ativa que o normal.

Caso se verifiquem estas previsões para este ano, 2022 seria o sétimo ano consecutivo de atividade acima da média.

O Sexto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC) prevê que a proporção global de ciclones tropicais que atingem níveis muito intensos (categoria 4-5), deverá aumentar com o aquecimento climático. A subida do nível do mar e o desenvolvimento costeiro aumentaram o risco e o impacto.

Vigilância dos ciclones

Todos os anos, existem, em média, 84 ciclones tropicais nomeados em todo o mundo. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), no período de 50 anos (1970-2019) foram atribuídos 1945 desastres naturais a ciclones tropicais, resultando em 779.324 mortes e 1,4 triliões de dólares americanos em perdas económicas. Isto equivale a uma média diária de 43 mortes e 78 milhões de dólares americanos em perdas económicas.

No mesmo período, os ciclones tropicais foram também responsáveis por um terço das mortes e perdas económicas devido a catástrofes relacionadas com o tempo, clima e água.

Desastre natural
Os impactos dos ciclones tropicais são catastróficos para algumas regiões do globo.

De referir, no entanto, que o número de mortos tem diminuído drasticamente graças a melhorias na vigilância dos ciclones, na previsão, aviso e redução do risco de desastres coordenados pelo Programa de Ciclones Tropicais da OMM. A vigilância dos ciclones tropicais em todas as bacias oceânicas é assegurada por Centros de Vigilância de Ciclones da região.

No Atlântico Norte, e nas bacias do nordeste do Pacífico, o Centro Meteorológico Especializado Regional da OMM de Miami (o Centro Nacional de Furacões dos EUA) é responsável pela previsão e vigilância de ciclones tropicais, incluindo os riscos relacionados com a marinha.

Lista de nomes de ciclones tropicais para a temporada de 2022

Todos os anos, antes das respetivas temporadas de ciclones nas bacias oceânicas, a OMM elabora uma lista de nomes a serem atribuídos aos ciclones tropicais que se vierem a formar.

A lista de nomes estipulados de tempestades e ciclones tropicais para esta temporada de 2022 para o Atlântico é a seguinte: Alex, Bonnie, Colin, Danielle, Earl, Fiona, Gaston, Hermine, Ian, Julia, Karl, Lisa, Martin, Nicole, Owen, Paula, Richard, Shary, Tobias, Virginie e Walter.

As temporadas de ciclones em 2020 e 2021 foram excecionalmente ativas e ambas esgotaram os nomes regulares da lista da OMM.