Preço do petróleo sobe sempre que há previsão de tempestades no Golfo do México, como o furacão Francine
O preço do petróleo é um tema que já faz parte do quotidiano das famílias portuguesas, devido ao impacte no orçamento que podem implicar as mudanças nos preços. Fique a saber mais sobre este assunto, aqui!
As preocupações relacionadas com uma tempestade, que se tornou furacão (Francine), no Golfo do México, fizeram com que o preço do petróleo subisse consideravelmente no início desta semana. A subida, que varia entre o 1% e o 1,5%, está associada à passagem do furacão Francine, que afetará hoje toda a costa norte americana do Texas, desde a fronteira com o México, até aos estados do Louisiana, Mississípi e Alabama.
Esta situação acontece imediatamente após uma semana em que foram batidos alguns recordes, relacionados com os preços do petróleo nos Estados Unidos. Na sexta-feira da semana passada, o preço do Brent e do litro de gasóleo fixou-se no valor mais baixo desde dezembro de 2021. Já o preço por litro de gasolina atingiu o valor mais baixo desde fevereiro de 2021.
A passagem de Francine
O furacão Francine está ativo no Golfo do México desde a passada segunda-feira, tendo-se formado a algumas centenas de quilómetros a Este da cidade mexicana de Tampico. Na sua trajetória para Norte vai encontrar algumas das mais importantes plataformas de extração de petróleo, responsáveis por quase metade do total da produção norte americana.
O agora furacão Francine continuará a sua marcha para Norte onde irá afetar com marés de tempestade (nas áreas costeiras), chuvas fortes, ventos com intensidade equivalente a um furacão e possibilidade de cheias repentinas inúmeras comunidades, pelo menos até sábado.
No que toca às plataformas petrolíferas, situadas a algumas dezenas de quilómetros da costa, foram atempadamente evacuadas, sendo que se verificou uma redução drástica na extração de petróleo e gás natural. Tanto esta tempestade, como a previsão de uma época extremamente intensa podem ajudar à subida dos preços do petróleo, que depois se refletem nos combustíveis, essenciais à economia do nosso país.
Cenários futuros
No início do ano, tanto a OPEP como os países aliados desta organização estavam otimistas em relação às previsões da procura mundial de petróleo, mas o que é facto é que os fatores económicos não têm ajudado a confirmar os indicadores esperados. Nos Estados Unidos tenta-se a todo o custo evitar uma recessão económica, apostando na progressiva redução das taxas de juro como fator preponderante no aumento da procura por petróleo.
Os especialistas económicos indicam que, mesmo com mais tempestades a afetarem áreas cruciais de produção de petróleo, é muito pouco provável que os preços se elevem muito este ano, pois espera-se que a procura mundial continue abaixo do esperado.
A mudança de paradigma neste setor, que se manifesta na aposta em combustíveis menos poluentes, também está a ajudar à estabilidade dos preços do petróleo. A nível do nosso país, esta até pode ser uma boa notícia para as famílias e para o respetivo orçamento, que poderá não ser sobrecarregado durante o que resta do ano de 2024.