Porque nem sempre se vê a Lua cheia?
A lua cheia é uma das fases da Lua mais icónicas. É um fenómeno que, geralmente, é visível em vários pontos do planeta, mas nem sempre é assim tão linear. Fique a saber mais, connosco!
A Lua é o único satélite natural do planeta Terra e presenteia-nos ao longo dos meses do ano, com as suas fases. Estas fases dependem de fatores como a força gravitacional de atração à Terra e a rotação da mesma. Como é um objeto rochoso com uma órbita elíptica, não possui atmosfera e não emite luz. Assim, quando olhamos para o céu noturno e vemos a Lua, esta está simplesmente a refletir a radiação solar que incide na sua superfície.
A Lua tem quatro fases distintas, que podem ser observadas no céu noturno: a Lua Nova, o Quarto Crescente, o Quarto Minguante e a Lua Cheia. É precisamente nesta última que a quantidade de energia refletida e que chega à superfície terrestre é maior. Em termos astronómicos, quando o Sol, a Terra e a Lua estão praticamente alinhados, nesta ordem, é quando se verifica o disco lunar iluminado na sua totalidade, e é precisamente a isso que se chama a “Lua Cheia”.
Em termos de ciclo lunar, ou seja, o tempo necessário para que cada fase lunar se repita, este tem uma duração de 29 dias e 12 horas, aproximadamente. Contudo, o tempo que a Lua leva a completar uma órbita completa em redor da Terra é um pouco inferior: 27 dias e 7 horas, aproximadamente. A diferença entre estes dois tempos, resultante de duas órbitas diferentes, é a razão pela qual a Lua Cheia não é, por vezes, visível no céu.
Outros fatores relevantes
Sabe-se assim que o movimento da Lua em redor da Terra proporciona a mudança de fases lunares e que a rotação da Terra é responsável pela visibilidade da Lua em diferentes momentos do dia. O deslocamento entre estes dois movimentos faz com que a Lua nasça entre 30 a 60 minutos mais tarde a cada dia.
Em certos momentos do ciclo lunar, tendo em conta a órbita bastante elíptica que a Lua descreve e torno da Terra, esta estará à frente do movimento médio, sendo que noutros momentos estará ligeiramente atrás, precisamente quando a Lua Cheia não é visível no céu. Outro fator, não menos importante, será a nebulosidade. Em áreas de maior nebulosidade, a probabilidade de observar esta fase da Lua diminui substancialmente.
Atualmente também é cada vez mais difícil de observar este fenómeno devido à crescente poluição luminosa. O aumento significativo das áreas de implementação de iluminação pública, mesmo em áreas rurais, acabou por tornar este tipo de eventos menos visíveis a olho nu. A Lua Cheia é também uma altura do mês muito associada a mitos.
Para além do trabalho de parto estar associado a esta fase da Lua, também acidentes, roubos, crises de demência ou suicídios estavam conotados com a Lua Cheia, o que faz com que aquela fase de cada mês tenha uma beleza singular e particular.