Paulette e Rene: a temporada de furacões intensifica-se!
A temporada de tempestades tropicais do oceano Atlântico entra no mês de setembro em força! O potencial destrutivo é maior e os danos materiais e humanos podem ser cada vez mais significativos. Contamos-lhe tudo!
É sobejamente conhecido que a temporada de furacões do Atlântico tem sido bastante intensa. Os eventos têm-se repetido com maior frequência e maior intensidade. O último exemplo foi o furacão Laura, que espalhou um rasto de destruição pelo Golfo do México. Este furacão foi o sétimo da temporada a atingir o território dos Estados Unidos da América.
Os especialistas esperam que a temporada mantenha esta intensidade durante o mês de setembro. Nos próximos dias, em particular, o oceano Atlântico vai assistir a um número de eventos recorde. Há já duas tempestades tropicais nomeadas: Paulette e Rene, que são a 16.º e a 17.º, respetivamente, em 2020. Com estes dois fenómenos, quebra-se o recorde de tempestades nomeadas por temporada.
Algumas áreas do oceano Atlântico estão a ser monitorizadas pelo Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês). Em pelo menos duas áreas há uma probabilidade de 40% de se formarem tempestades tropicais nos próximos cinco dias. De facto, quatro tempestades registadas no Atlântico é o recorde, tendo apenas acontecido em seis anos desde que os satélites ajudam na monitorização: 1971, 1995, 1998, 2004, 2008 e 2018.
Tempestades Tropicais avançam
Como foi anteriormente referido, duas tempestades tropicais estão já confirmadas na bacia do Atlântico. A que se localiza mais a Oeste, a Paulette está a deslocar-se lentamente pelo Atlântico Central, a cerca de 13 km/h, dirigindo-se para Noroeste. As últimas atualizações indicavam que se encontrava a cerca de 2175 km a Oeste do arquipélago de Cabo Verde e a cerca de 1980 km a Este das Ilhas Leeward (Antilhas). Com ventos sustentados na ordem dos 93 km/h, os meteorologistas acreditam que nos próximos dois dias deverá mover-se de forma mais rápida.
A tempestade Rene, localizada mais a Este, está numa fase mais inicial de formação. A sua cintura exterior ainda afeta as ilhas de Cabo Verde. O centro da tempestade estava a cerca de 500 km das ilhas, a deslocar-se para Oes-Noroeste a cerca de 26 km/h. Com ventos sustentados a atingirem velocidades de 65 km/h é esperado que se torne um furacão nos próximos cinco
dias.
Nesta temporada preenchida, em que as populações já sentiram a força destrutiva destes eventos dezenas de vezes, é importante salientar que a preparação é fundamental para combater o risco (que é real). Saber reconhecer os perigos, nomeadamente os relacionados com as marés, a agitação marítima e a precipitação, que são os mais mortíferos, é fundamental para mitigar os efeitos destes fenómenos e dos riscos associados. A força do vento e os tornados são riscos que também devem ser valorizados.
A história deve ser tida em conta já que na passada terça-feira assinalou-se o 120.º aniversário da passagem do furacão mais mortífero de sempre no território norte americano. No dia 8 de setembro de 1900, um furacão de categoria 4 na Escala de Saffir-Simpson provocou um número de vítimas mortais entre as 8000 e as 10 000 e desalojou ¼ dos habitantes de Galveston, no estado do Texas.