Parvovírus, a doença das crianças que chega com o calor
Com a chegada do calor chega também um conjunto de doenças que são características desta altura do ano, com mais ou menos gravidade. Fique a saber mais sobre este assunto, connosco!
O eritema infecioso causado pelo parvovírus B19 é uma patologia que provoca erupções cutâneas características, principalmente em crianças entre os 5 e os 14 anos de idade. A incidência é maior entre os 5 os 7 anos. Esta doença surge essencialmente na primavera e no verão, quando as temperaturas começam a subir de forma generalizada.
Este vírus (parvovírus B19) é extremamente contagioso e é exclusivamente humano, ou seja, não é possível infetar ou ser infetado por um animal de estimação. Os primeiros sinais desta doença são febre baixa e um mal-estar ligeiro. Passados alguns dias, os sintomas manifestam-se nas bochechas da criança, quando se dá o surgimento de uma vermelhidão, quase como se a face tivesse sido esbofeteada.
A aparência simétrica nas bochechas e o alastramento para outras partes do corpo, como os braços, as pernas e o tronco é sinal de que a doença se está a desenvolver. Curiosamente sabe-se que, de forma geral, a erupção cutânea não afeta a palma das mãos ou a planta dos pés. A erupção, que dura geralmente até 10 dias, adquire um aspeto rendilhado, quase como se fossem sardas, principalmente nas áreas mais expostas.
Transmissão e tratamento
Este vírus é transmitido por via aérea e é extremamente contagioso. A melhor forma de prevenir o contágio é apostar na higiene pessoal. Por exemplo, lavar as mãos de forma frequente, tanto antes de comer como depois de tocar em objetos que podem potenciar a contaminação, como é caso de lenços de papel, copos e talheres sujos.
É também importante evitar o contacto direto com pessoas que tenham esta doença já que o parvovírus B19 se transmite através de gotículas provenientes de tosse ou espirros. O período de incubação desta doença pode variar entre os 4 e os 14 dias. Esta doença pode ainda representar um risco para as mulheres grávidas já que para além do contágio materno-fetal, até aos 3 meses de gravidez a futura mãe que esteja infetada e que não tenha tido a doença antes pode sofrer um aborto espontâneo.
Em relação ao tratamento, como a doença acaba por ser um problema maioritariamente estético e autolimitado, não há um tratamento específico para esta doença. Apesar de ter alguns sintomas secundários, como é o caso de dores nas articulações, nos músculos e fadiga, mesmo alguns meses depois da infeção, estes podem ser tratados com analgésicos ou anti-inflamatórios, acessíveis sem receita médica.
Este tipo de vírus surge numa altura em que se vive uma crise de saúde pública no nosso país, com o aumento dos casos de sarampo que podem mesmo traduzir-se em vítimas mortais.