Os alimentos mais prejudiciais para os seus ossos e dentes, segundo os nutricionistas

Aprender a cuidar da armadura mais importante do nosso corpo é essencial para manter as funções de locomoção e de proteção dos órgãos internos: estes são os alimentos e as bebidas a evitar.

esqueleto
A alimentação desempenha um papel fundamental na saúde do esqueleto.

A alimentação é um dos fatores responsáveis pela boa forma física. Quando se trata da saúde dos ossos e dentes e de doenças relacionadas, como a osteoporose, a nutrição é fundamental.

Alimentos e bebidas a limitar ou evitar

É por isso que é importante saber que existem vários alimentos e hábitos que podem contribuir para o enfraquecimento dos ossos e aumentar o risco de problemas de saúde óssea e dentária. Aqui está a lista dos que deve ter em atenção.

Dietas deficientes em cálcio

A falta crónica de cálcio na alimentação é um dos fatores mais importantes que podem fragilizar os ossos, levando à desmineralização óssea e à osteoporose.

Uma dieta pobre em cálcio também impede que os dentes atinjam um nível ótimo de mineralização e, consequentemente, de dureza. O cálcio é essencial para o organismo produzir hidroxiapatite, os cristais de fosfato de cálcio que tornam os dentes fortes.

Por conseguinte, é essencial consumir alimentos ricos neste mineral, como os produtos lácteos, o tofu enriquecido, os peixes com espinhas comestíveis (como as anchovas e as sardinhas), as amêndoas e os legumes de folha verde.

Dietas ricas em sódio

O excesso de sódio (um dos elementos químicos que compõem o sal) na alimentação aumenta a excreção de cálcio pela urina, o que pode enfraquecer os ossos ao longo do tempo.

Para os adultos, a Organização Mundial de Saúde recomenda uma ingestão de menos de 2000 mg/dia de sódio (o equivalente a menos de 5 g/dia de sal, ou seja, pouco menos de uma colher de chá).

A utilização incorreta desta substância é também um risco para a saúde dentária. E aqui vamos desmistificar um mito: não é bom escovar os seus dentes com sal para tentar branqueá-los. Esta substância tem um poderoso efeito abrasivo, por isso, para além do tártaro ou das manchas, também vai destruir o seu esmalte. Além disso, seca as gengivas e piora a circulação sanguínea, deixando os dentes mais expostos e aumentando o risco de infeção.

Demasiada cafeína

O consumo excessivo de cafeína pode também aumentar a excreção de cálcio na urina. Investigadores da Universidade da Austrália do Sul descobriram que o consumo de doses elevadas de cafeína duplica a quantidade de cálcio perdido na urina, aumentando as hipóteses de osteoporose.

Este aviso deve ser tido em conta pelos adolescentes que consomem bebidas energéticas em excesso porque os seus ossos ainda estão a desenvolver-se. Também os desportistas profissionais que utilizam a cafeína para melhorar o seu desempenho.

A nível dentário, os danos causados pela cafeína são sobretudo estéticos. Os taninos contidos no café provocam alterações na tonalidade original dos dentes quando aderem ao esmalte, gerando manchas amarelas.

Bebidas gaseificadas e açúcares

As bebidas gaseificadas contêm ácido fosfórico, que é utilizado como agente acidificante. Este composto pode aumentar a acidez no organismo, o que pode afetar a forma como o cálcio é processado e utilizado no organismo. De facto, alguns estudos demonstraram que o consumo de refrigerantes pode diminuir a sua absorção e, assim, contribuir para a perda óssea.

Estes tipos de bebidas contêm frequentemente níveis elevados de açúcar, o que aumenta a presença de bactérias na boca que utilizam esta substância para produzir ácidos que danificam os dentes.

Depois de consumir alimentos ou bebidas com elevados níveis de açúcar, recomenda-se que escove bem os dentes, bocheche com gelo dentário e termine com um elixir ou enxaguante bucal.

O açúcar presente nas bolachas, doces ou rebuçados é também um perfeito aliado da cárie dentária, uma vez que permanece em contacto com os dentes durante mais tempo. No entanto, não é uma questão de os eliminar da sua dieta (especialmente se não tiver a força de vontade necessária). Tudo o que precisa de fazer é escovar bem os dentes depois de os comer, usar fio dental e terminar com um elixir bucal.

Consumo excessivo de álcool

Outro inimigo dos ossos e dos dentes é o álcool ingerido em excesso, pois promove a osteopenia (perda óssea), o que aumenta o risco de fratura e também impede a reparação adequada dos ossos.

Os ácidos presentes nas bebidas alcoólicas criam um ambiente hostil ao crescimento das bactérias saudáveis presentes na boca, o que as impede de fazer o seu trabalho.

O consumo excessivo de açúcares e de álcool é uma causa de má saúde oral, especialmente se não for seguida uma higiene adequada.

Além disso, o consumo regular de álcool provoca boca seca, halitose (mau hálito) e afeta o cálcio dos dentes, o que aumenta o risco de cárie dentária, erosão e desmineralização.

Dietas baixas em vitamina D

A vitamina D é essencial para a absorção de cálcio e desempenha um papel importante na formação de células estaminais nos ossos e dentes. Assegurar a sua ingestão evita que estes amoleçam, mantendo-os fortes e saudáveis.

A exposição ao sol (10-15 minutos três vezes por semana) e certos alimentos, como o peixe gordo e os ovos, podem fornecê-lo.

Dietas muito altas/baixas em calorias

As dietas extremamente baixas em calorias podem não fornecer nutrição suficiente para manter a saúde óssea e dentária. No extremo oposto, o excesso de peso corporal pode aumentar a pressão sobre os ossos que suportam a carga e aumentar o risco de fraturas.

Siga uma dieta equilibrada e não tenha medo de consultar um especialista

Agora já sabe que é importante fazer uma dieta equilibrada e nutritiva que inclua cálcio, vitamina D, proteínas, frutas e legumes suficientes. Além disso, evitar o excesso de sódio, cafeína e álcool, e manter um peso corporal saudável, pode ajudar a manter a saúde dos ossos ao longo da vida.

Em todo o caso, se tiver preocupações específicas com a saúde dos ossos, é sempre aconselhável consultar um médico ou nutricionista para uma orientação personalizada.