Onda de calor varre os EUA: recordes de temperatura à vista?

O Sudoeste dos Estados Unidos da América estão a experienciar uma onda de calor intenso, ainda antes do início oficial do verão. Este calor intenso é potenciador de inúmeros problemas, que podem afetar severamente esta área densamente povoada. Fique a saber tudo connosco!

Onda de calor.
O calor, e as ondas de calor em específico, podem causar sérios problemas de saúde humana, se não forem tomadas as devidas precauções.

Desde o início da semana que os Estados do Sudoeste Americano (bem como todo a área Noroeste do México) estão a vivenciar dias de calor intenso. Isto motivou o Serviço Nacional de Meteorologia (NWS, na sigla em inglês) a emitir um conjunto de avisos relacionados com o calor excessivo, em Estados como a Califórnia, o Nevada, o Arizona e o Utah, que estarão em vigor pelo menos até ao fim da corrente semana.

Os meteorologistas acreditam que está em causa uma das semanas mais quentes de sempre naquela região. Para além da intensidade do calor, está em causa a duração deste evento, muito superior ao que é habitual. Isto poderá fazer com que se estabeleçam dezenas de novos recordes diários de temperatura máxima, pelo menos até ao dia 18 de junho, sendo que este mês pode mesmo ser um dos meses mais quentes que há registo na região.

Nalguns locais, as temperaturas máximas podem superar em mais de 10 °C a temperatura média para esta altura do ano, com consequências severas em vários domínios.

Desde domingo que os padrões de circulação do ar quente iniciaram uma marcha demolidora, quebrando recorde atrás de recorde, no Arizona e na Califórnia, bem como em Estados do centro Noroeste como o Idaho e o Wyoming.

Um dos recordes mais antigos a ser quebrado foi o de Salt Lake City, onde os termómetros chegaram aos 38,9 °C, cerca de 1 °C acima do recorde estabelecido em 1918 (37,8 °C). O dia 13 de junho de 2021 também ficará na história desta cidade como o dia do ano em que mais cedo se superou a barreira dos 37 °C, quebrando o recorde anterior datado de 15 de junho de 1974, de acordo com o Serviço Nacional de Meteorologia. Outra grande cidade muito afetada por esta onda de calor é Phoenix, onde na passada segunda-feira o mercúrio subiu até aos impressionantes 45 °C.

Até ao fim desta semana, a tendência é que o calor continue a fustigar o Sudoeste dos Estados Unidos da América de forma cada vez mais intensa. Estas condições vão persistir à medida que a corrente de jato avança para Norte e mantém o ar quente a fluir em direção àquela região. É de salientar que este nível de temperaturas está associado aos meses de julho e agosto, em pleno verão.

De que forma a população pode ser afetada

A área mais afetada por esta onda de calor está bastante habituada a este tipo de eventos, bem como a um clima marcadamente quente, no entanto, a duração desta onda de calor está a preocupar os meteorologistas locais. Nalguns locais, as temperaturas máximas podem superar em mais de 10 °C a temperatura média para esta altura do ano, com consequências severas em vários domínios.

Em primeiro lugar, pode destacar-se a disponibilidade hídrica, que numa área densamente povoada em situações como esta, se torna perigosamente escassa. Durante estes períodos, o consumo de água aumenta significativamente, sendo que é essencial sensibilizar os cidadãos e as comunidades para a importância da gestão sustentável de um bem escasso como a água.

Ainda referente a este tipo de eventos, a utilização de equipamentos de ar condicionado aumenta substancialmente, causando sérios constrangimentos às redes de distribuição de energia elétrica. Colocada sobre extrema pressão, é comum registarem-se falhas no abastecimento de energia em determinas áreas. Outro dos problemas relacionados com os equipamentos de ar condicionado é a escassez de unidades novas para venda no mercado norte americano, bem como a escassez de peças utilizadas na reparação dos equipamentos, situação que se deve à pandemia de Covid-19 e à forma como afetou os aparelhos produtivos a nível mundial.

Outra situação a ter em conta, não menos importante, é a incidência de incêndios florestais. A Califórnia é um dos Estados norte americanos mais afetados pelos incêndios florestais nos últimos anos, sendo que este evento extremo de calor pode potenciar a ocorrência de mais incêndios, com um potencial ainda mais destruidor.