Onda de calor: vários distritos em aviso amarelo
Alguns locais do centro e sul do país já mostram sinais de que estão a passar por uma onda de calor e, pelo menos, até amanhã deverão permanecer em aviso amarelo, segundo o IPMA. Confira aqui connosco.
Os distritos de Beja, Évora, Leiria, Lisboa, Santarém e Setúbal encontram-se em aviso amarelo, devido às temperaturas elevadas que se têm sentido ao longo de todo o país. As primeiras estações meteorológicas a mostrarem sinais desta onda de calor foram as de Alvalade e de Elvas, pertencentes aos distritos de Lisboa e Évora, respetivamente.
Segundo os dados disponibilizados pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), os distritos de Leiria, Lisboa, Santarém e Setúbal manter-se-ão em aviso amarelo até ao final do dia de hoje, enquanto que Beja e Évora só tiveram aviso até ao final do dia de ontem.
Quando falamos em onda de calor é necessário perceber que, e segundo o IPMA: “… considera-se que ocorre uma onda de calor quando num intervalo de pelo menos 6 dias consecutivos, a temperatura máxima diária é superior em 5 ºC ao valor médio diário no período de referência”, ou seja, por exemplo, se a temperatura máxima nesta altura do ano rondar os 25 ºC e se der uma sequência de 6 ou mais dias em que as temperaturas ultrapassem os 30 ºC, é considerada uma onda de calor. Este aumento na temperatura do ar resultou, também, num aumento da temperatura da água do mar que se fez sentir, principalmente, na região algarvia, em que os termómetros chegaram a rondar os 25 ºC e 26 ºC.
Impactos de uma onda de calor
As ondas de calor podem ter impactos diretos e indiretos. Os diretos afetam inevitavelmente a saúde humana, pois podem levar à desidratação e, por conseguinte, a perdas de consciência. Podem também agravar doenças cardiovasculares e respiratórias e ter assim consequências mortais. Os impactos diretos podem afetar infraestruturas como estradas em que, devido à sua exposição ao sol, o asfalto pode acabar por derreter e torná-las inacessíveis.
Em relação aos impactos indiretos, estes podem afetar os serviços de saúde dependendo do número de internamentos ligados aos impactos diretos, isto é, se este for elevado, pode levar à rutura destes serviços. Tudo isto poderá afetar a economia e a prestação de serviços dessa região. Também o consumo excessivo de energia (ar condicionado, por exemplo) pode levar à falência dos sistemas. Quando as ondas de calor são prolongadas, acabam também por interferir com a produção agrícola.