Oceano Glacial Ártico: fulcral para o clima, essencial de proteger

O Ártico é um ecossistema único e frágil, cada vez mais vulnerável, que deve ser protegido a todo o custo. Saiba mais, sobre os motivos para este tipo de preocupação, connosco!

Gelo
O degelo, em especial do Ártico, tem-se intensificado nas últimas décadas, muito em resultado das alterações induzidas pelo ser humano.

É do conhecimento geral que o Oceano Ártico, situado no extremo Norte do planeta Terra, desempenha um papel fundamental na regulação climática e na saúde dos ecossistemas marinhos, a nível mundial. Apesar de ser uma área remota, sem paisagens humanizadas, não deixa de sentir os efeitos negativos das atividades humanas.

Proteger o Ártico é garantir um futuro mais sustentável para todos e principalmente, para as gerações futuras.

Os “ataques” de que tem sido alvo colocam em causa o sistema climático mundial, já que o Ártico é como um termostato global, pois influencia os padrões de circulação oceânica e atmosférica. Assim, é cada vez mais real a ameaça da destruição da paisagem gelada e consequentemente a destruição dos habitats, algo que pode também ter consequências negativas na fauna, nas populações de animais.

Problemas reais

O gelo marinho do Ártico, para além de muitas outras funções, atua como uma superfície refletora que reenvia para a atmosfera e para o espaço a radiação solar e o calor recebido, proveniente do Sol. Este processo, conhecido por albedo, ajuda a que a Terra mantenha uma temperatura média ideal para a vida humana e selvagem.

O Ártico é geralmente definido como a região do Hemisfério Norte circunscrita pela linha onde a temperatura média do mês mais quente é inferior a 10 ºC.

A subida generalizada das temperaturas médias na região, faz com que a área de superfície gelada esteja a diminuir de ano para ano, ou seja, este efeito de albedo vai diminuindo, logo haverá uma maior percentagem de radiação solar a permanecer na atmosfera. A superfície terrestre acaba assim por reter mais radiação, algo que por um lado acelera o degelo e por outro acaba por amplificar a mudança climática.

Tudo isto acaba por ter consequências nas correntes oceânicas e nos níveis do mar. O degelo afeta o ténue balanço entre a circulação oceânica e atmosférica levando ao aumento da frequência de eventos climáticos extremos, tal como as ondas de calor, tempestades severas e alterações significativas nos padrões da distribuição da precipitação.

A fauna microscópica do Ártico é extremamente diversificada e adaptável, para além de desempenhar um papel fundamental nos processos e ciclos naturais. Já a macrofauna é relativamente escassa e desenvolveu características especiais para se adaptar ao clima predominantemente frio.

Os ecossistemas marinhos, únicos no mundo, são ameaçados pelo degelo. Desde o plâncton até aos ursos polares e às focas, todas as espécies correm o risco de ver a sua população diminuir drasticamente, algo que terá implicações muito para além do Círculo Polar Ártico.

Degelo
Os ursos polares, uma das espécies mais icónicas presentes no Ártico, é também uma das mais ameaçadas pelo degelo e por todos os efeitos das alterações climáticas naquela região do planeta.

Possíveis soluções

Em primeiro lugar é importante compreender de uma vez por todas que o que se passa no Ártico, não fica só no Ártico. Tem e vai continuar a ter consequências um pouco por todo o mundo. O nosso planeta é um sistema que funciona em interconexão: mudança no Ártico tem um efeito cascata para outras latitudes, na agricultura, na pesca, nas comunidades que vivem no litoral e do litoral.

Assim, é igualmente importante que os líderes políticos e a sociedade civil se unam com o objetivo de assumir a responsabilidade de proteger um recurso natural como o Central Arctic Ocean Ice Shield, a grande massa de gelo que ajuda a garantir o bem-estar do planeta e dos seres vivos. Ao preservarmos o gelo do Ártico estamos a abrir novas perspetivas na investigação científica, nomeadamente no que concerne à compreensão dos processos climáticos.

É importante definir políticas, sendo igualmente importante tomar a iniciativa de desenvolver ações concretas que travem a degradação do Ártico, através da implementação de práticas sustentáveis nas rotinas diárias dos seres humanos. Proteger o Ártico é garantir um futuro mais sustentável para todos e principalmente, para as gerações futuras.