Oceano Glacial Ártico: fulcral para o clima, essencial de proteger
O Ártico é um ecossistema único e frágil, cada vez mais vulnerável, que deve ser protegido a todo o custo. Saiba mais, sobre os motivos para este tipo de preocupação, connosco!
É do conhecimento geral que o Oceano Ártico, situado no extremo Norte do planeta Terra, desempenha um papel fundamental na regulação climática e na saúde dos ecossistemas marinhos, a nível mundial. Apesar de ser uma área remota, sem paisagens humanizadas, não deixa de sentir os efeitos negativos das atividades humanas.
Os “ataques” de que tem sido alvo colocam em causa o sistema climático mundial, já que o Ártico é como um termostato global, pois influencia os padrões de circulação oceânica e atmosférica. Assim, é cada vez mais real a ameaça da destruição da paisagem gelada e consequentemente a destruição dos habitats, algo que pode também ter consequências negativas na fauna, nas populações de animais.
Problemas reais
O gelo marinho do Ártico, para além de muitas outras funções, atua como uma superfície refletora que reenvia para a atmosfera e para o espaço a radiação solar e o calor recebido, proveniente do Sol. Este processo, conhecido por albedo, ajuda a que a Terra mantenha uma temperatura média ideal para a vida humana e selvagem.
A subida generalizada das temperaturas médias na região, faz com que a área de superfície gelada esteja a diminuir de ano para ano, ou seja, este efeito de albedo vai diminuindo, logo haverá uma maior percentagem de radiação solar a permanecer na atmosfera. A superfície terrestre acaba assim por reter mais radiação, algo que por um lado acelera o degelo e por outro acaba por amplificar a mudança climática.
Tudo isto acaba por ter consequências nas correntes oceânicas e nos níveis do mar. O degelo afeta o ténue balanço entre a circulação oceânica e atmosférica levando ao aumento da frequência de eventos climáticos extremos, tal como as ondas de calor, tempestades severas e alterações significativas nos padrões da distribuição da precipitação.
Os ecossistemas marinhos, únicos no mundo, são ameaçados pelo degelo. Desde o plâncton até aos ursos polares e às focas, todas as espécies correm o risco de ver a sua população diminuir drasticamente, algo que terá implicações muito para além do Círculo Polar Ártico.
Possíveis soluções
Em primeiro lugar é importante compreender de uma vez por todas que o que se passa no Ártico, não fica só no Ártico. Tem e vai continuar a ter consequências um pouco por todo o mundo. O nosso planeta é um sistema que funciona em interconexão: mudança no Ártico tem um efeito cascata para outras latitudes, na agricultura, na pesca, nas comunidades que vivem no litoral e do litoral.
Assim, é igualmente importante que os líderes políticos e a sociedade civil se unam com o objetivo de assumir a responsabilidade de proteger um recurso natural como o Central Arctic Ocean Ice Shield, a grande massa de gelo que ajuda a garantir o bem-estar do planeta e dos seres vivos. Ao preservarmos o gelo do Ártico estamos a abrir novas perspetivas na investigação científica, nomeadamente no que concerne à compreensão dos processos climáticos.
É importante definir políticas, sendo igualmente importante tomar a iniciativa de desenvolver ações concretas que travem a degradação do Ártico, através da implementação de práticas sustentáveis nas rotinas diárias dos seres humanos. Proteger o Ártico é garantir um futuro mais sustentável para todos e principalmente, para as gerações futuras.