O limite de velocidade dos veículos automóveis gera discussão

Nos últimos anos tem-se debatido sobre o limite legal de velocidade na rede viária portuguesa, sendo os prós e os contras destes limites amplamente discutidos em praça pública. Fique a saber mais sobre este assunto, connosco!

Transporte rodoviário.
O transporte rodoviário continua a ter uma importância significativa no transporte de passageiros e mercadorias.

Os limites de velocidade foram, desde sempre, objeto de discussão, já que o incumprimento dos mesmos pode gerar uma coima e, muito mais grave, pode pôr em perigo a vida humana. Geralmente, são os condutores mais detratores que são os apologistas das alterações. Como se sabe, as regras relacionadas com a velocidade diferem de país para país.

Os limites de velocidade são considerados pelas autoridades como fulcrais para garantir a segurança rodoviária, bem com a fluidez do trânsito.

Na Alemanha, em cerca de 60% das autoestradas, não há limite máximo de velocidade, sendo que é recomendada uma “velocidade segura” que está estabelecida em 135 km/h. Para além disso, a legislação alemã indica que o condutor está sempre obrigado a adaptar a velocidade da viagem às condições meteorológicas e das vias.

Já em Portugal, a velocidade máxima que se pode praticar nas autoestradas, para veículos ligeiros, é de 120 km/h. Acima deste valor, para além das questões de segurança relacionadas com os veículos e os seus passageiros há também a questão das coimas e dos pontos na carta de condução. A condução acima do limite de velocidade na ordem dos 20 km/h pode resultar na perda de 2 a 3 pontos. Já 40 km/h ou mais pode significar a perda de 4 a 5 pontos.

Vantagens e desvantagens dos limites de velocidade

Os limites de velocidade são considerados pelas autoridades como fulcrais para garantir a segurança rodoviária, bem com a fluidez do trânsito. Contudo, há quem acredite que os limites são demasiado restritivos, sendo que deveriam ser alargados em troços com melhores condições ao nível da visibilidade e da qualidade do piso, sem comprometer a segurança.

A carta por pontos baseia-se num sistema de 12 pontos que é atribuído a todos os títulos de condução. Por cada contraordenação grave ou muito grave que o condutor tenha, perde pontos.

Tendo em conta a evolução dos veículos, bem como a evolução das técnicas de construção das infraestruturas, são cada vez mais as vozes que defendem a ampliação dos limites máximos de velocidade, de 120 km/h para 140 km/h.

Contudo, aparentemente não traz grandes vantagens circular a tal velocidade, já que o aumento da mesma não resulta numa poupança significativa de tempo. Por vezes, uma diferença de segundos numa viagem pode colocar em perigo a vida de inúmeros utilizadores das estradas.

Autoestradas.
Veículos mais modernos são geralmente apelativos à prática de velocidades maiores.

Contas de uma matemática simples

Imagine o leitor que numa viagem em que o veículo circula a 60 km/h, demorará 1 minuto (ou 60 segundos) a percorrer 1 km. Se duplicarmos a velocidade, para 120 km/h, o tempo é cortado para metade, ou seja, demoraria 30 segundos (meio minuto) a percorrer 1 km. Numa variação entre 120 km/h e 140 km/h, o ganho é de apenas alguns segundos por quilómetro.

O excesso de velocidade é a primeira causa dos acidentes de viação em Portugal. Sempre que se duplica a velocidade praticada, quadruplica a distância exigida para efetuar uma travagem e aumenta a exigência do tempo de reação.

Isto acontece devido à relação inversa entre a velocidade e o tempo: quanto mais rápido se der a condução, menor será a redução do tempo a cada aumento da velocidade. É uma realidade matemática – mesmo que a velocidade duplique, a poupança de tempo diminui à medida que a velocidade aumenta.

A uma velocidade de 140 km/h, cada quilómetro demorará cerca de 26 segundos a completar, um ganho de 4 segundos em relação à velocidade máxima permitida por lei. Assim, cada condutor deve ter a responsabilidade de analisar os benefícios e os riscos do excesso de velocidade, para a carteira, para a carta de condução e para a segurança de todos os utilizadores do transporte mais importante do continente europeu.