O futuro está mesmo a bater à porta: conheça a “vila dentro da cidade” que vai nascer em Matosinhos
OPO City terá a dimensão de cerca de 38 campos de futebol e pretende ser “uma nova referência para uma vida social e sustentável”.
Já todos conhecemos aqueles filmes com cidades futuristas, nas quais os comboios flutuam a uns quantos metros acima do solo, onde as casas são inteligentes e os automóveis voadores. Ainda que a ideia já não nos pareça assim tão estranha, não temos dúvidas de que a maioria pensa que este é um cenário que ainda estará longe de se tornar realidade. Mas, e se lhe dissermos que poderá estar mais próximo do que pensávamos?
Não, não estamos a falar dos comboios flutuantes ou de carros voadores (quem sabe um dia). Estamos, sim, a referir-nos à ideia de urbanizações construídas dentro de cidades e pensadas para se diferenciarem dos ideais com que as metrópoles foram projetadas inicialmente.
A proposta é da construtora Mota-Engil, e é conhecida por OPO City. Trata-se este de um projeto que promete ser “uma nova referência para uma vida social e sustentável”, com um “ecossistema dentro de si, mas conectado ao mundo através da terra, água e ar”.
De forma resumida, trata-se de uma espécie de “vila dentro da cidade”. O mais impressionante é que ficará a poucos minutos das principais praias e do aeroporto internacional do Porto.
Sim, já sabemos que neste horizonte urbano que tem surgido, a busca pela sustentabilidade tem sido uma tendência — mas não só. No fundo, trata-se de um compromisso intrínseco com o bem-estar humano e com a preservação do planeta.
É nesse contexto, precisamente, que as vilas ecológicas emergem como o epicentro desta revolução, combinando inovação tecnológica, design inteligente e uma consciência ambiental profunda. O objetivo? Criar espaços urbanos que não apenas abrigam comunidades, mas as nutrem e as conectam com a natureza.
OPO City, um projeto único
Ao todo, são 27 hectares de terreno — o equivalente a cerca de 38 campos de futebol —, em Perafita e Santa Cruz do Bispo (Matosinhos), que prometem trazer mais casas ao Grande Porto.
Sim, é isso mesmo. A poucos minutos das principais praias e do aeroporto internacional do Porto vai nascer uma “vila dentro da cidade”. Pelo menos foi assim que a construtora Mota-Engil apresentou o projeto OPO City no MIPIM, a maior feira do setor imobiliário do mundo, que se realizou recentemente em Cannes, França.
Aliás, embora as estimativas iniciais apontassem para um ano e meio de obras, os responsáveis já vieram desmenti-las. “Uma construção desta dimensão demorará mais tempo do que o previsto nesta notícia”, escreveu a Emerge Mota-Engil numa publicação na página de Instagram, referindo-se a um artigo publicado pelo ‘Jornal de Notícias’.
No local onde estão hoje edifícios industriais com uma “crescente tendência de abandono da área de intervenção” — perto de uma zona comercial com grandes superfícies, como o Mar Shopping e a IKEA — deverão ser, então, construídos edifícios de habitação, comércio e serviços. Mas, claro, tudo a seu tempo.
Qual será a primeira fase?
O objetivo dos promotores é, sim, fazer nascer no local uma comunidade urbana sustentável, alicerçada em infraestruturas que permitam a redução da mobilidade através de veículos poluentes. Mas, como em todos os projetos com esta dimensão, tudo será feito por fases.
“O projeto de loteamento OPO City compreende a realização das infraestruturas subjacentes à concretização de um loteamento, nomeadamente, estrutura viária, rede de abastecimento de água, rede de drenagem de águas residuais, rede de drenagem de águas pluviais, rede de energia elétrica e rede de telecomunicação, bem como a construção de parques subterrâneos de estacionamento público e a renaturalização da ribeira de Joane integrada no âmbito da criação de um parque urbano verde”, explicaram os responsáveis ao ‘Jornal de Notícias’.
Entusiasmado com o futuro que se avizinha? As promessas são muitas. “OPO City é um empreendimento de uso misto de grande escala que tem a ambição de mudar para si uma nova centralidade composta por unidades comerciais e residenciais”, adiantam a Mota Engil no site.