O eclipse total da Lua e o seu lado obscuro
Prepare-se para o eclipse total da Super Lua já este mês, visível a partir de Portugal. O satélite natural terrestre teve pela primeira vez a visita de uma sonda à sua face oculta.
Este primeiro mês de 2019 já traz algumas novidades em termos astronómicos, nomeadamente no que toca ao satélite natural da Terra – a Lua, com o eclipse total de uma super Lua e o lançamento de uma sonda chinesa que aterrou no famoso “dark side of the moon”. A Lua terá direito a um evento muito especial já dentro de cerca de três semanas, devido ao eclipse total de uma Super Lua. Em Portugal será visível porém, se deseja mesmo ver, esteja pronto para retirar algumas horas de sono.
De acordo com o Observatório Astronómico de Lisboa, o eclipse total da Super Lua ocorrerá durante a madrugada do dia 21 – uma segunda-feira. A lua entrará na penumbra a partir das 02h35, com o apogeu a durar das 05h12 até às 05h44. A última fase do eclipse terá o seu fim por volta das 07h50.
O eclipse total da Super Lua poderá ser observado a partir da América do Norte e América do Sul bem como em algumas áreas ocidentais dos continentes europeu e africano, tal como referido no site da NASA.
A face oculta da Lua
A face oculta da Lua terá direito a uma visita especial por parte de uma sonda lançada pela China que tornou-se ontem (quinta-feira), o primeiro país a nível mundial a conseguir tal façanha nesta porção da Lua. A sonda Chang'e 4, referente ao nome da deusa chinesa da Lua, aterrou no satélite natural da Terra, às 10h26 em Pequim (03h26 portuguesas desta quinta-feira).
O Chang'e 4 foi lançado no sábado do Centro Espacial de Xichang, sul da China. Em 2013, a China conseguiu fazer aterrar uma sonda espacial na Lua, pela primeira vez, num feito apenas alcançado até então pela antiga União Soviética e pelos Estados Unidos da América. De facto, a recente missão da agência espacial chinesa tornou-se a primeira a conseguir enviar uma sonda e um veículo robotizado para a face oculta da Lua, o hemisfério lunar que não é visível a partir da Terra.
Aliás, já no passado mês de maio, a China tinha já lançado um satélite de retransmissão para garantir a comunicação entre os controladores e a sonda lunar Chang'e 4. O principal objetivo trata de testar o crescimento de plantas e captar sinais de radiofrequência, normalmente impedidos pela atmosfera terrestre. A missão demonstra bem a crescente ambição da China no espaço, símbolo do progresso do país.