Nove em cada dez cidades mais propícias para caminhadas no mundo ficam na Europa. Ficará alguma em Portugal?
Um estudo avaliou os níveis médios de precipitação das cidades, os trilhos para caminhadas e os graus de segurança, para concluir quais são os destinos mais fáceis de percorrer a pé do mundo. Descubra quais são.
Faz parte daquele tipo de turistas que, para conhecer uma cidade, precisa de sair do carro e explorá-la a pé? Se sim, já não precisa de se preocupar em passar horas no Google Maps a analisar os percursos de forma a entender se o destino para onde quer é ir ou não caminhável.
Um novo estudo revelou que nove das dez melhores cidades do mundo para caminhar estão na Europa — e já conhecemos as grandes vencedoras.
Sim, sabemos que, hoje, essa preocupação é cada vez menor. Afinal, os destinos turísticos têm mostrado uma grande preocupação em tornar a rede de transportes públicos melhor e mais acessível.
Ainda assim, ninguém pode negar que, para se conhecer realmente bem um local, o melhor é descobri-lo a pé. Só desta forma poderá absorver a atmosfera, ver a arquitetura e, talvez, aventurar-se por alguns pontos menos conhecidos ao longo do caminho.
Há algumas cidades melhores para passear do que outras. Quer descobrir quais?
Para ajudá-lo na escolha do próximo destino de férias, o site de comparação de preços 'Compare the Market Australia' analisou distâncias pedestres, pontuações de segurança e custos de transporte público para identificar as melhores cidades para se locomover sem carro. Foram também tido em conta outros fatores, como a precipitação média e o número de trajetos para caminhadas.
Fora da Europa, apenas Tóquio chegou à lista das 10 melhores (na 6.ª posição), ficando logo acima de Madrid, Oslo, Copenhaga e Amesterdão, que fecham o ranking das dez melhores cidades para caminhar.
Ainda assim, e graças ao centro da cidade favorável aos pedestres, aos elevados níveis de segurança e aos impressionantes 1,4 milhões de quilómetros de ciclovias, Munique foi coroada a grande vencedora.
Milão ficou em segundo lugar, com um número admirável de ciclovias: 1,9 milhões de quilómetros. Descobriu-se, assim, que este é um local particularmente acessível a pé, com 80 por cento da sua população a viver num raio de um quilómetro de serviços de saúde e educação.
Segue-se Varsóvia, onde 74 por cento da população vive a 1 quilómetro de um espaço sem carros. Apesar de abrigar um total de 3,1 milhões de residentes, a pesquisa revelou que o centro da cidade é eminentemente acessível a pé, com muito para ver ao longo do caminho.
Helsínquia e Paris completam a lista, ocupando a quarta e quinta posição do ranking, respetivamente.
As cidades europeias saíram vitoriosas em trilhos para caminhadas, clima e segurança
Em algumas cidades, dirigir é a única opção para se locomover. Noutras, é mais fácil caminhar, pedalar ou usar transporte público.
Para ajudar as pessoas a encontrar a cidade ideal para caminhar, a 'Compare the Market Australia' analisou oito fatores individuais.
Ao longo do estudo foram examinados 53 locais, classificando-os de acordo com o quão bons são por não terem carros. Para cada ponto, as localidades receberam uma pontuação entre 0 e 1, com todas as cidades perfiladas ordenadas da pontuação mais alta para a mais baixa.
Mais importante ainda, foi levado em consideração o número de percursos para caminhada, conforme a quantidade sugerida na aplicação de de trilhos para caminhadas AllTrails. Amesterdão, Oslo e Helsínquia obtiveram pontuações particularmente elevadas neste ponto.
Também foram considerados o nível de segurança de uma cidade, a precipitação média mensal, os locais sem carros e a percentagem de residentes que vivem a 1 quilómetro a pé de espaços de saúde e educacionais.
O foco em espaços livres de carros também fez parte da pesquisa, com a disponibilidade e o custo dos transportes públicos e das ciclovias a desempenhar um papel importante.
“Observar o transporte e as comodidades é uma etapa crucial na avaliação de uma casa em potencial” — ou destino de férias —, explica Stephen Zeller, responsável pelo site 'Compare the Market'. “Isso significa olhar para as ligações de transportes públicos e ver a que distância fica a paragem mais próxima, a que horas circulam e a frequência; bem como identificar rotas nas quais se sente seguro para caminhar.”