No Dia Mundial dos Rios celebra-se a importância da sua preservação!
No Dia Mundial dos Rios celebra-se a importância destes recursos, através da promoção da preservação dos rios de todo o mundo. Pretende-se, também, fomentar o conhecimento das populações sobre os rios. Saiba mais aqui!
O Dia Mundial dos Rios celebra-se hoje, 25 de setembro. Criado em 2005 para comemorar o lançamento da Water for Life Decade (Década da Água para a Vida, em português), da Organização das Nações Unidas (ONU), celebra-se anualmente no quarto domingo de setembro. O tema do ano de 2022 é “Importância dos rios para a Biodiversidade”.
A data tem como propósito celebrar as linhas de água doce naturais de todo o mundo e enfatizar os valores dos rios para a nossa vida quotidiana. O objetivo é aumentar o conhecimento das populações sobre os rios e consciencializá-las para a importância destes recursos, alertando para a necessidade da sua boa gestão, proteção e preservação.
Num momento em que recursos hídricos de todo o planeta se vêm confrontados com vários tipos de ameaças, como são, por exemplo, a poluição e as alterações climáticas, este dia representa uma oportunidade para milhões de pessoas em todo o mundo comemorarem a sua importância.
A importância dos rios
Os rios desempenharam, desde o início da civilização humana, um muito importante papel. Muitos dos assentamentos humanos, cidades que ainda hoje conhecemos, estabeleceram-se, um pouco por todo o mundo, nas margens dos cursos de água. As cidades eram aqui erigidas pela disponibilidade de água e pela existência de terras férteis para a prática da agricultura nas suas proximidades, demonstrando assim o grande papel que os rios desempenharam na História.
Os rios não conhecem fronteiras políticas, ligam diferentes nações ao longo de todo o seu curso tendo diferentes línguas, culturas e religiões, conectam os oceanos, vales e montanhas como uma ligação para a biodiversidade. Ainda hoje somos dependentes dos cursos de água para tudo. Desempenham um papel muito importante no ciclo da água.
Cada rio é único em termos de fluxo, paisagens, espécies que suporta e ecossistemas associados. Sem eles, a nossa vida seria indubitavelmente diferente e viveríamos, não só nós humanos, mas como toda a biodiversidade animal, certamente num cenário completamente distinto daquele a que nos habituámos a viver.
Causas provocadas pelo Homem colocaram em todo o Mundo, milhares de rios, em sérias dificuldades e sujeitos a ameaças. A água doce é a base da vida no planeta Terra, por isso, a sua escassez e o seu uso abusivo e inadequado representam uma cada vez maior ameaça ao seu desenvolvimento, à proteção do ambiente e da biodiversidade e à própria vivência humana.
Muitos dos rios do mundo estão ameaçados pela rápida urbanização, industrialização e aumento da poluição, espécies aquáticas invasoras e as alterações climáticas, entre outros. A poluição é a principal responsável pela diminuição das reservas naturais de água doce do planeta Terra, reservas essas que são fundamentais para toda a vida existente nele.
Todos os anos geramos cerca de 3,4 bilhões de toneladas de resíduos, segundo dados da International Solid Waste Association (ISWA). Quem mais sofre com a poluição são os rios, já que praticamente todas as formas de poluição acabam por afetar a água.
As secas meteorológicas serão cada vez mais intensas e frequentes devido às alterações climáticas, o que ameaça os rios.
De acordo com um estudo divulgado pela organização “World Wide Fund for Nature” (WWF) em agosto, os quatro rios mais importantes do continente europeu - Danúbio, Pó, Reno e Vístula - registaram recordes nos seus níveis mínimos, ameaçando negócios, indústria, agricultura e o consumo de água.
O mesmo estudo mostra que a Europa será cada vez mais propensa a secas e escassez de água. De acordo com o mesmo estudo, 17% da população europeia enfrenta um grande risco de escassez de água até 2050, mas 60% dos rios da Europa estão, atualmente, pouco saudáveis.
Os rios fazem parte das nossas comunidades. São parte integrante do nosso meio ambiente e são vitais para nós, humanos, e para a vida animal. Cabe-nos preservá-los, perceber os riscos associados à sua perda, chamar a atenção para as suas necessidades e ameaças urgentes. Se continuarmos a esgotá-los a este ritmo poderemos sofrer consequências devastadoras, comprometendo a nossa vida e as gerações futuras.