Menina escapa milagrosamente à queda de um relâmpago em Sitamarhi, Índia
As imagens dramáticas, que mostram a fuga milagrosa da menina ao impacto de um relâmpago, tornaram-se virais nas redes sociais. Conheça a história por detrás deste impressionante acontecimento, bem como algumas medidas de proteção que deve adotar durante tempestades.
Uma menina de Sitamarhi, no estado de Bihar (Índia), escapou milagrosamente de vários relâmpagos enquanto filmava um vídeo para o Instagram no terraço da sua casa, à chuva, de acordo com informações recolhidas pelo jornal India Today.
O vídeo de 11 segundos mostra a rapariga, Saniya Kumari, a dançar alegremente no terraço da sua casa no meio de uma chuva intensa quando, de repente, vários relâmpagos caem perigosamente no solo muito perto dela. Os relâmpagos atingiram o terraço do vizinho de Saniya, Devnarayan Bhagat.
As imagens dramáticas captadas por um telemóvel que mostram a fuga milagrosa da rapariga tornaram-se virais nas redes sociais. O distrito de Sitamarhi tem estado a registar fortes chuvas de monção desde a manhã de quarta-feira, dia 26.
Quatro importantes medidas de proteção contra relâmpagos ao ar livre
A menina indiana do vídeo acima partilhado pela Meteored mostra-a no exterior da sua casa. Então provavelmente já se estará a interrogar… O que devemos fazer e não fazer durante uma grande tempestade?
Primeiro, se uma árvore estiver isolada, estamos a correr um grande risco. Por ser um elemento que se destaca no terreno, aumentam as hipóteses de alguns dos raios da tempestade a atingirem; nesse caso, parte do seu tronco e ramos seriam despedaçados de forma explosiva, para além de arder, e sofreríamos as consequências fatais. Portanto, deve evitar abrigar-se debaixo de uma árvore isolada a todo o custo.
Segundo, uma outra medida de prevenção que devemos adotar quando estamos ao ar livre, por exemplo na montanha, é evitar áreas altas, muito expostas, durante as horas do dia em que a atividade tempestuosa é mais comum, geralmente a partir das primeiras horas da tarde.
Se, mesmo assim, formos surpreendidos com uma tempestade lá no topo, quando nos apercebemos que está a começar a desenvolver-se, devemos abandonar os cumes, falésias, rochedos e promontórios, uma vez que estas são formações particularmente expostas ao impacto de relâmpagos.
Terceiro, evite correr pelo campo no caso de ocorrência de trovoada. Esta é possivelmente a medida mais difícil de adotar, porque quando temos medo fugimos instintivamente, numa tentativa de nos afastarmos do perigo. Mas isto é imprudente, pois estamos ao ar livre, sem proteção, ensopados, com o solo também molhado pela chuva, e com relâmpagos a atingir as proximidades.
Perante esta situação, há que agir com a cabeça fria. Se transportarmos objetos metálicos temos de nos livrar deles. Se começarmos a notar que o nosso cabelo se levanta ou que se produz uma faísca quando juntamos dois dos nossos dedos, o ar está muito ionizado e a probabilidade de um relâmpago atingir de forma iminente a nossa posição ou as proximidades é muito alta.
Por último, a quarta medida de proteção, que vem na sequência da anterior. O que devemos fazer então ao invés de correr pelo campo fora? Com a tempestade acima de nós devemos evitar deitar-nos no solo, pois seguramente estará molhado pela chuva, e se um relâmpago impactar a certa distância, o solo húmido atuará como um condutor eficaz de eletricidade, e uma descarga perigosa poderá alcançar-nos, quando em contacto com ele.
Assim, o que é mais seguro fazer é agacharmo-nos, reduzindo ao máximo a área de contacto com o solo, para além de ficarmos isolados eletricamente dele graças ao material não condutor das solas das botas. Também há que proteger a cabeça, agachando-a e colocando as mãos na nuca, para alcançarmos a posição fetal.