Maré de sargaço invade praias das Caraíbas
As autoridades estão preocupadas com as consequências que a invasão desta macroalga pode ter para o turismo e decretaram limpeza total nas praias de água azul turquesa e areal branco.Foram retirados já mais de 125 mil metros cúbicos desta alga castanha.
Toda a costa das Caraíbas, no México e partes da República Dominicana estão invadidas pelo sargaço-uma espécie de macroalga castanha, sem perigos para a saúde pública,que exala um péssimo cheiro, mas que sustenta um ecossistema diverso no oceano aberto, no qual vivem tartarugas marinhas, peixes, invertebrados e mesmo aves e é considerado um local de reprodução para muitos organismos. Mas o que é fato é que estão a afastar os turistas das praias.
As autoridades mexicanas já instalaram barreiras no mar para retirar e afastar as algas e foi mesmo criado um comité técnico-científico para responder a este problema, que ao longo dos anos o problemas tem-se agravado e tem aparecido com maior frequência e cada vez maior quantidade, na costa das praias das caraíbas.
Desde 2011 que a chegada das algas castanhas ao areal das praias incomoda os turistas, ao mesmo tempo que desprende um cheiro fétido nas praias.Este ano o problema agravou-se com a chegada à costa de toneladas de sargaça.Em 2011 desde a ilha de Trindade até à República Dominicana e também na costa Oeste de África.Em 2014, também a costa do sul da ilha de Cuba foi afetada.Em 2014 voltou a encher a costa de várias ilhas e países das Caraíbas.Entre os dias 19 de junho e ínicio de agosto foram retiradas do areal 125.325 metros cúblicos de sargaço num total de 41 praias no estado mexicano de Quintana Roo.
O sargaço é um indicador da crescente poluição e aumenta até 100 vezes os danos causados diretamente pela atividade humana nos mares e costas, segundo indicou a Universidade Autónoma do México.
De onde vem a sargaça?
A alga vive essencialmente concentrada na região do mar de Sargaços (área que originou o nome desta alga) no meio do Atlântico Norte.Ocasionalmente a alga flutua até ao Norte, Leste e Oeste das Caraíbas.
Segundo o Instituto de Ciências do Mar e Limnologia (ICML) da Universidade Nacional Autónoma do México, a acumulação de sargaço tem sido detetada desde 2011 e nos anos de 2015 e 2018 a situação agravou-se bastante.Segundo a investigadora do ICML Brigitta van Tussenbroek, ainda não existem números oficiais, mas estima-se que o aumento de sargaço tenha crescido duas a três vezes em relação ao ano de 2015.
Segundo a mesma especialista é possível que até outubro, a sargaça continue a dar à costa caribenha do México. Apenas a zona Sul das Caraíbas não está afetada por esta maré de algas.