Julho de 2022 foi o sexto mais quente desde que há registos no globo

A NOAA divulgou a análise da temperatura global referente ao mês de julho e concluiu que este foi o sexto julho mais quente desde que se iniciaram os registos em 1880. Contamos-lhe mais aqui!

onda de calor; Europa; julho 2022
Em julho de 2022 a temperatura média global de superfície foi a sexta mais elevada para o mês de julho.

O mês de julho foi caracterizado por condições mais quentes do que a média em grande parte da América do Norte, Ásia, Europa e América do Sul.

Temperatura no Globo no mês de julho

Segundo os cientistas dos Centros Nacionais de Informação Ambiental (NCEI-National Centers for Environmental Information) da NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration) dos Estados Unidos, a temperatura média global da superfície terrestre e oceânica em julho foi 0,87 °C acima da média do século XX, que é de 15,8 °C.

Os cinco julhos mais quentes de que há registo ocorreram todos desde 2016. Julho de 2022 marcou também o 46º mês consecutivo de julho e o 451º mês consecutivo com temperaturas acima da média do século XX.

Anomalias da temperatura
Anomalias da temperatura da superfície do globo, no mês de julho no período de 1880 a 2022. Fonte: NOAA Global Climate Report July 2022

A nível regional, julho de 2022 está entre os dez julhos mais quentes de que há registo em vários continentes.

Temperatura nos continentes e oceanos

Foram observadas temperaturas muito acima da média em várias regiões da América do Norte e do Sul, no leste e sul da Ásia e na Europa, bem como em partes do oeste e sul do Oceano Pacífico.

As temperaturas à superfície do mar foram acima da média em grande parte do Golfo do México e no Pacífico Norte, Oeste e Sudoeste, bem como em partes dos oceanos Atlântico e Índico Oriental.

Anomalias da temperatura no globo
Anomalias da temperatura média da superfície do globo em julho de 2022, em relação ao valor médio no período 1991-2020 (áreas a cinzento representam falta de dados). Fonte: NOAA Global Temp v5.0.0-20220808

Entretanto, temperaturas um pouco abaixo da média do mês de julho registaram-se em algumas regiões da Austrália, Europa Oriental, Índia ocidental, Rússia central, e América do Sul.

Consistentes com La Niña, as temperaturas à superfície do mar estavam abaixo da média em grande parte do Pacífico tropical sul-central, central e oriental. No entanto, neste julho, não houve áreas com temperaturas recordes de julho.

Temperaturas extremas

Foram observadas temperaturas recorde em julho em várias regiões da América do Norte e do Sul, no sul e leste da Ásia e na Europa, bem como em partes do oeste e sul do Oceano Pacífico.

Durante o mês, uma onda de calor sem precedentes afetou grande parte da Europa e muitos países europeus, incluindo Itália, Portugal, Espanha e Reino Unido, estabelecendo-se assim novos recordes das temperaturas máximas de julho.

Globalmente, as temperaturas recorde de julho atingiram mais de 7,3% da superfície mundial, sendo a quarta percentagem mais elevada para as temperaturas máximas recordes de julho. No entanto, na Austrália, em alguns locais foram batidos recordes de temperaturas mais baixas para julho.

Gelo no Ártico e na Antártida

A extensão de gelo no Ártico no mês de julho foi 12,9% abaixo da média de 1981-2010 e a 12ª menor extensão para julho, enquanto a extensão de gelo na Antártida atingiu um recorde mais baixo para julho com 6,6% abaixo da média de 1981-2010.

Ciclones Tropicais

A atividade dos ciclones tropicais esteve muito próxima da média para julho e registaram-se nove tempestades tropicais às quais foram atribuídos nomes. A bacia leste do Pacífico foi a mais ativa.

Em julho, a atividade dos ciclones tropicais esteve muito próxima da média para este mês, com nove tempestades tropicais a receberem nome.

O furacão Bonnie tornou-se uma tempestade tropical a 1 de julho na parte sudoeste das Caraíbas antes de se intensificar, tornando-se um furacão na região leste do Pacífico.