Jovem cientista de 14 anos cria sabonete para tratar cancro da pele
O jovem de 14 anos criador de um sabonete para tratar o melanoma é reconhecido com o primeiro prémio do '3M Young Scientist Challenge & Discovery Education'.
Heman Bekele, um estudante de 14 anos do 9º ano da escola de ensino básico e secundário W.T. Woodson High School em Annandale, no estado de Virgínia, nos Estados Unidos, criou algo incrível para ajudar a mudar o mundo.
O jovem desenvolveu um sabonete para tratar nada mais nada menos que o cancro da pele. Este adolescente prodígio foi reconhecido como 'o melhor jovem cientista dos Estados Unidos', premiado com o '3M Young Scientist Challenge’ devido ao seu trabalho inovador.
Concorreram nove finalistas na sede da 3M em Saint Paul, Minnesota, nos dias 9 e 10 de outubro, de acordo com um comunicado de imprensa. Bekele, vencedor do primeiro lugar, expressou com entusiasmo: “Sempre tive interesse por biologia e tecnologia, e este desafio deu-me a plataforma perfeita para apresentar as minhas ideias”.
O concurso 3M & Discovery Education foi concebido para estudantes que procuram fomentar a sua criatividade e inovação, incentivando os participantes a criarem ideias que podem mudar o mundo. E além do prestigiantes título, os vencedores recebem um prémio em dinheiro de 25 mil dólares.
Um sabonete para tratar o melanoma
A invenção, chamada 'Sabonete para Tratamento de Melanoma' (MTS), foi desenvolvida por Heman para tratar a forma mais comum de cancro nos Estados Unidos. O seu trabalho consistiu em desenvolver um sabonete em barra à base de diversos compostos químicos que oferece uma solução economicamente acessível para o tratamento do melanoma, com um custo muito baixo, de apenas cerca de 50 centavos de dólares por sabonete.
Veja abaixo o vídeo em que Heman apresenta a sua invenção:
Foi Heman quem criou o conceito deste sabonete para combater o cancro de pele mais comum, com a ajuda da sua mentora científica Deborah Isabelle, engenheira química formada pela Universidade da Califórnia, em Davis (UCD).
Deborah foi a mentora deste projeto e quem orientou Heman; ela trabalha no desenvolvimento de novos produtos na Divisão de Pós-venda Automotiva da 3M. Todos os jovens participantes deste concurso tiveram mentores científicos para orientar os seus passos; no caso de Heman, ele conseguiu trazer à realidade um protótipo da sua invenção, o MTS.
"Fiz este sabonete fundindo sabonete medicamentoso comum com uma proporção de 50/30/20 de ácido salicílico, ácido glicólico e tretinoína, que são agentes ceratolíticos que reativam lentamente as células dendríticas", explicou Bekele na sua apresentação. "Depois de usar o MTS, o sabonete liberta recetores do tipo Toll na pele", complementou o jovem cientista.
Estes recetores constituem uma família de proteínas que fazem parte do sistema imunológico inato. “Eles ligam-se às células dendríticas que os reativam. As células dendríticas agora reativadas unem-se às células TN io12 para combater as células infetadas pelo HPV”, diz Heman.
O futuro do jovem cientista
Quando o Laboratório Young Scientist Lab lhe perguntou como ele se vê no futuro, Heman respondeu:
Além disso, nos próximos cinco anos, Bekele espera aperfeiçoar a sua invenção e criar uma organização sem fins lucrativos para distribuir o sabonete de baixo custo onde for mais necessário, e concluiu dizendo:
Os outros jovens concorrentes e finalistas
Hemen Bekele competiu ao lado de outros nove finalistas no concurso organizado pela companhia chamada “America’s Top Young Scientist". Os restantes participantes apresentaram, por exemplo: uma luva para deteção de epilepsia e um display eletrónico em braille de baixo custo.
“Inscrevi-me no Desafio de Jovens Cientistas da 3M porque acredito que as mentes jovens podem ter um impacto positivo no mundo", disse Bekele ao Laboratório Young Scientist Lab.
Sarah Wang tem 12 anos e está no sexto ano na Escola Pike. Ela queria participar no desafio 3M Young Scientists e criar algo interessante. Desenvolveu a luva de deteção de epilepsia Spring, uma luva que pode detetar crises epilépticas tónico-clónicas e mioclónicas com movimentos comuns das mãos.
Outro finalista de destaque é Ishaan Iyer, um aluno de 11 anos do quinto ano na Escola Primária Perdew, que desenvolveu um dispositivo Braille económico que codifica o alfabeto inglês em Braille, convertendo-o numa célula Braille tátil.