Joe Biden convoca uma Cimeira do Clima para o início do seu mandato

Os EUA vão realizar uma Cimeira do Clima no início do próximo ano, nos primeiros 100 dias do mandato de Joe Biden, e procuram juntar-se ao Acordo de Paris de forma a impulsionar a ação climática. Saiba mais aqui!

energias renováveis; energias eólicas; alterações climáticas
Joe Biden afirmou que pretende iniciar o mandato a trabalhar na mitigação das alterações climáticas.

Líderes de 75 países reuniram-se, sem os EUA, na Cimeira da Ambição Climática virtual copatrocinada pela ONU, Reino Unido e França, no passado fim de semana, marcando o quinto aniversário do acordo de Paris.

A ausência dos EUA sublinhou a necessidade de mais países, incluindo outras economias como o Brasil, a Rússia e a Indonésia, de assumirem novos compromissos no combate à crise climática.

Biden afirmou num comunicado: “Vou começar a trabalhar imediatamente com outros países para fazer tudo o que pudermos, incluindo a convocação dos líderes das principais economias para uma Cimeira do Clima nos meus primeiros 100 dias de mandato (...) Vamos elevar o incrível trabalho que cidades, estados e empresas têm feito para ajudar a reduzir as emissões e construir um futuro mais limpo. Vamos ouvir e envolver-nos com os ativistas, incluindo jovens, que continuaram a soar o alarme e exigir mudanças daqueles que estão no poder”.

A reintegração no Acordo de Paris

Biden reiterou a sua promessa de colocar os EUA no caminho das zero emissões de carbono, até 2050, e disse que esta mudança seria boa para a economia e para os trabalhadores dos EUA. “Faremos isso sabendo que temos perante nós uma enorme oportunidade económica de criar empregos e uma maior prosperidade e, ainda, exportar produtos americanos limpos para todo o mundo.”

O novo presidente dos Estados Unidos da América afirma que a reintegração no acordo de Paris será positivo a nível económico e social.

António Guterres, o secretário-geral da ONU, frisou: “É um sinal muito importante. Esperamos uma liderança muito ativa dos EUA nas ações climáticas de agora em diante, pois a liderança destes é absolutamente essencial. Este é o país com a maior economia do mundo, sendo que se torna absolutamente essencial para que os nossos objetivos sejam alcançados.”

A Cimeira da Ambição do Clima não conseguiu produzir um grande avanço, mas mais de 70 países deram mais detalhes dos seus planos para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, em linha com a meta do acordo de Paris de limitar o aumento da temperatura para 1.5ºC.

A tarefa para o próximo ano, antes da conferência COP26 em Glasgow, será encorajar todos os demais países do mundo - incluindo economias dependentes do petróleo, como a Rússia e a Arábia Saudita - a assinarem metas de zero emissões a longo prazo.