Janeiro de 2024 marcou o oitavo mês consecutivo de recorde de calor global
A NOAA divulgou a análise da temperatura global referente ao mês de janeiro de 2024 e concluiu que este mês foi o janeiro mais quente da Terra desde que há registos.
Os Centros Nacionais de Informação Ambiental (NCEI-National Centers for Environmental Information) da NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration) dos EUA calculam mensalmente a anomalia da temperatura média global, tanto da superfície da terra como da superfície dos oceanos.
Temperatura no Globo no mês de janeiro atingiu um máximo histórico
Segundo os cientistas dos NCEI da NOAA, a temperatura média da superfície do globo em janeiro foi 1,27 °C acima da média do século XX para janeiro, que é de 12,2 °C, tornando-se o janeiro mais quente de que há registo. Este valor foi 0,04 °C acima do anterior recorde de janeiro de 2016.
Janeiro de 2024 marcou o 48º janeiro consecutivo e desde março de 1979 com temperaturas acima da média do século XX.
Temperatura nos continentes e oceanos
Em janeiro registou-se um recorde mensal da temperatura média da superfície oceânica global.
As condições do El Niño, que surgiram em junho, continuaram até janeiro e é provável que o El Niño passe a neutro entre abril e junho de 2024.
O Hemisfério Norte teve o janeiro mais quente de que há registo, com 1,70 °C acima da média. Este valor ultrapassou o recorde anterior, estabelecido em 2016, em 0,04 °C. A temperatura da terra foi a terceira mais elevada de que há registo, enquanto a temperatura do oceano foi recorde, 0,24 °C acima da média. A região do Ártico teve o seu 15º janeiro mais quente de que há registo.
No Hemisfério Sul o mês de janeiro também foi o mais quente de que há registo, com 0,84 °C acima da média. A temperatura média do oceano para janeiro foi a mais elevada de que há registo no mês de janeiro. No entanto em relação à temperatura terrestre, esta foi a 15ª mais elevada de que há registo. Entretanto, a região da Antártida teve o seu quinto janeiro mais frio.
As temperaturas estiveram acima da média em todo o Ártico, na maior parte do nordeste da América do Norte, no centro da Rússia, no sul da Ásia, em África, na América do Sul e na Austrália.
De referir na América do Sul a ocorrência de um incêndio, no Chile, considerado o incêndio que provocou mais mortes (120) na América do Sul.
As temperaturas recordes cobriram cerca de 12,3% da superfície terrestre em janeiro, a percentagem mais elevada para janeiro.
Segundo mês de janeiro menos seco de que há registo
Em janeiro, a precipitação acima da média ocorreu na costa oeste e leste dos EUA, leste do Brasil, grande parte da Europa central e oriental, partes da Ásia oriental e Austrália.
A precipitação foi abaixo da média no sul do Canadá, no centro dos EUA, México, América Central, norte e oeste da América do Sul, sul da Europa, norte e oeste da África e partes do sudoeste e leste da Ásia.
Gelo no Ártico e na Antártida e ciclones tropicais
A extensão de gelo no Ártico foi a 20ª menor extensão para janeiro, enquanto que na Antártida, a extensão de gelo foi a 5ª menor para janeiro.
Em janeiro, ocorreram seis tempestades com nomes atribuídos em todo o mundo, o que se aproximou da média de 1991-2020, que são sete. O ciclone tropical mais intenso foi o Anggrek, de categoria 4, que permaneceu na parte central do Oceano Índico Sul.