IPMA alerta para presença de caravelas portuguesas nas praias
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) deixou o alerta para a presença em toda a costa das chamadas caravelas portuguesas. Tome cuidado!
É uma espécie marinha venenosa que ao ser tocada pode provocar alergia, dor e queimaduras. Esta espécie de medusa está a aparecer em toda a faixa costeira portuguesa, e levou as autoridades a lançarem um alerta à população para os cuidados a ter.
Esta espécie gelatinosa de nome científico ‘Physalia physalis’ exige muita cautela. Segundo o IPMA, influenciada por ventos e correntes de superfície, a caravela-portuguesa que apresenta um flutuador em forma de “balão” de cor azul e, por vezes de tons lilás e rosa, é frequentemente avistada na costa portuguesa. Os seus tentáculos podem chegar aos 30 metros de comprimento e são muito urticantes, capazes de provocar graves queimaduras.
Por causa destes perigos para a saúde humana, o IPMA alerta que é importante não tocar nos tentáculos, mesmo quando a Caravela portuguesa aparenta estar morta na praia. Em caso de contacto com os tentáculos de uma caravela-portuguesa, a zona afetada deve ser bem limpa com água do mar e devem ser retirados quaisquer pedaços de tentáculos que possam ter ficado presos na pele. Além destes cuidados pode ainda ser aplicado vinagre e bandas quentes, além de ser aconselhado a procurar assistência médica.
Um programa exclusivo para detetar a presença das caravelas na praia
A deteção das caravelas-portuguesas foi feita através do programa de monitorização de organismos gelatinosos na costa continental portuguesa GelAvista, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera. Criado em 2016, o GelAvista tem vindo a envolver os cidadãos para a necessária recolha de informação sobre a ocorrência ou inexistência de organismos de aspeto gelatinoso na costa Portuguesa. Recebe informação sobre a presença de organismos gelatinosos, alertando a população, e transmite informação científica sobre as espécies.
Qualquer ocorrência desta ou de outras espécies de organismos gelatinosos poderá ser comunicada ao programa GelAvista. A informação de cada avistamento (data, local, número de organismos e fotografia com objeto a servir de escala) pode ser enviada para um site do IPMA. Também na página de Facebook do GelAvista são frequentemente partilhadas as mais recentes ocorrências de organismos gelatinosos em Portugal.