Incrível descoberta no Mekong: 224 novas espécies identificadas!
Finalmente algumas boas notícias para a biodiversidade! A organização de conservação da natureza, o WWF identificou mais de 220 novas espécies na região do Grande Mekong em 2020.
Finalmente algumas boas notícias neste contexto de aquecimento global e poluição! De acordo com um recente relatório da WWF "New Species Discoveries", 224 novas espécies foram descobertas na Região do Grande Mekong em 2020.
Esta região do Sudeste Asiático estende-se desde a Tailândia, passando por Myanmar, Laos, Camboja e Vietname. Das mais de 220 novas espécies registadas: 155 são plantas, 16 peixes, 17 anfíbios, 35 répteis e 1 mamífero.
Mal descoberto, já ameaçado...
Estas espécies são "produtos extraordinários e magníficos de milhões de anos de evolução, mas estão extremamente ameaçadas, muitas delas desaparecendo antes mesmo de terem sido descritas", explica o responsável regional do WWF-Grande Mekong Yoganand K. Estes seres vivos já estão ameaçados e - para algumas espécies - já à beira da extinção.
Este é o caso do único mamífero descoberto em 2020: o macaco langur Popa. Este pequeno primata, de olhos brancos, figura na lista de animais em perigo crítico de extinção porque está ameaçado pela caça, agricultura, exploração florestal e perda de habitat. Apenas 200 a 250 indivíduos sobrevivem no total, segundo as estimativas.
O primata, que leva o seu nome do vulcão extinto do Monte Popa na Birmânia, não é o único ameaçado. Há também o sapo de cabeça grande. A espécie foi colocada na lista de espécies ameaçadas de extinção. A causa? A desflorestação do seu habitat...
Boas-vindas às pequenas novas espécies!
A lista oficial de seres vivos foi assim alargada e as espécies descobertas incluem agora a serpente caracol, o diabo-espinhoso e o sapo cornudo do Monte Ky Quan San. Os investigadores descobriram-no no Vietname a mais de 2000 metros de altitude.
Na Birmânia, foi descoberto um peixe incolor que vive em grutas marítimas. O tritão cornudo de cor castanha alaranjada e a osga das rochas cinzenta e laranja foram avistados na Tailândia.
Não se trata apenas de vida selvagem, a investigação também está a revelar muitas descobertas relacionadas com a flora. No Laos, os cientistas identificaram o primeiro bambu "suculento" do mundo. O seu caule pode embeber água e esvaziar nas estações secas. A amoreira do Vietname e as begónias do Laos e da Birmânia foram acrescentadas à lista de descobertas.
O Grande Mekong, um hotspot da biodiversidade
Esta região do Sudeste Asiático é um verdadeiro tesouro para a biodiversidade, graças à diversidade das suas paisagens. Entre selvas, montanhas e formações cársticas, o Mekong ainda está pouco explorado e, portanto, permite que a fauna e flora se desenvolvam.
É por esta razão que todos os anos são encontradas novas espécies. Desde 1997, foi identificado um total de mais de 3.000 espécies na região do Grande Mekong, que alberga também algumas das espécies mais impressionantes do mundo - e também as mais ameaçadas - como o tigre e o elefante-asiático.