Impactos do Leslie: queda de árvores, desalojados e milhares sem eletricidade
A passagem do furacão Leslie provocou alguns danos. Registaram-se inúmeras ocorrências relacionadas com a queda de árvores, pessoas que ficaram desalojadas e milhares de portugueses ficaram sem eletricidade.
Os principais danos causados pela passagem da Leslie foram a queda de árvores, no momento em que foram contabilizados já tinham caído mais de 500. Desde o início que o Leslie foi apontado como sendo um furacão imprevisível. Assim, ao aproximar-se da costa de Portugal, acabou por alterar a sua trajetória, entrando em Portugal mais a norte do que o esperado. Por causa disso, a zona da grande Lisboa, que as autoridades esperavam ser a mais afetada pela passagem da tempestade tropical, acabou por não o ser.
No entanto, Lisboa foi das cidades que mais ocorrências registou – 133 no total. A maioria foram queda de árvores. Já se apelava desde o início para essa possibilidade, com avisos por parte das autoridades para que a população se mantivesse afastada de áreas arborizadas e da linha de costa por causa da forte agitação marítima.
O Leslie entrou em Portugal pela área da Figueira da Foz, com a cidade do distrito de Coimbra a ser a mais afetada durante a noite deste sábado. O vento forte que se fez sentir na localidade semeou o pânico entre a população que, apanhada de surpresa com a súbita intensificação das rajadas, se viu obrigada a proteger-se junto a arcadas de prédios enquanto sinais de trânsito e árvores eram arrancados do chão. Foi também na Figueira da Foz que foram registadas rajadas de 176 km/h, o valor máximo em Portugal continental.
Mais de 15 mil habitações ficaram sem energia elétrica e até às 02h da manhã de domingo registaram-se 820 ocorrências, embora com o decorrer das horas o mais provável é que o número de ocorrências tenham aumentado. Mais de cinco centenas tem a ver com a queda de árvores e as restantes têm a ver com estruturas. Cerca de 190 dizem respeito ao distrito de Leiria e 139 ao de Coimbra.
Onde rumará o Leslie?
De acordo com os registos da Autoridade Nacional da Proteção Civil - 1.890 ocorrências no total - 1.218 diziam respeito a quedas de árvores e 441 a quedas de estruturas, com o vento a ser o fenómeno causou maior número de ocorrências. Ainda de acordo com o INEM, não há registo de situações graves nem de vítimas mortais. Houve apenas alguns deslocados por causa do vento forte que fez voar o teto de algumas habitações.
As principais preocupações das autoridades prendem-se com os ventos fortes que se fazem sentir e com a forte agitação marítima.
Segundo o IPMA, o Leslie avançou pelo distrito de Coimbra, Viseu, pelo norte de Aveiro, Porto e Vila Real. “Deverá sair pela parte norte de Bragança”, chegando a Espanha nesta manhã de domingo, de acordo com o Centro Nacional de Furacões norte-americano (NHC). Na última atualização, o NHC referia que o Leslie se deslocava a uma velocidade de 56 km/h, com ventos de 110 km/h e rajadas fortes.