Hoje celebra-se o Dia Mundial para a Sensibilização do Risco de Tsunamis
Este sábado celebra-se uma importante data em todo o mundo. O tema de 2022 é aumentar o acesso a sistemas de alerta precoce de várias ameaças e fornecer informações e avaliações de risco de desastres para as populações. Saiba mais aqui!
Hoje, 05 de novembro, celebra-se o “World Tsunami Awareness Day”, Dia Mundial para a Sensibilização do Risco de Tsunamis.
Esta data foi instituída em dezembro de 2015 pela Assembleia Geral das Nações Unidas com o objetivo de reconhecer a importância de estar preparado para este tipo de fenómenos, além de contar com sistemas de alerta que protejam a vida das pessoas e previnam os danos causados por tsunamis.
A escolha do dia 5 de novembro remonta para o ano de 1854, a uma história japonesa chamada “Inamura no hi: The burning rice fields” (“Fogo nos campos de arroz”).
À época, um aldeão, ao perceber que a maré estava a baixar bruscamente, decidiu incendiar toda a sua plantação de arroz para alertar o resto dos habitantes da aldeia a fugir para terras altas.
Depois deste evento, este aldeão teve a ideia de construir um talude ao longo da costa, bem como plantar diversas espécies de árvores. Certo é que, no ano de 1946, um outro terramoto atingiu a costa onde se situa esta aldeia e as ondas não chegaram a atingi-la.
Esta pequena história lembra-nos que os tsunamis podem ser mortais, mas que efetivamente não precisam de o ser.
Os tsunamis são eventos relativamente raros mas potencialmente mortais. Erupções vulcânicas, deslizamentos de terra submarinos e quedas de rochas costeiras também podem potenciar um tsunami, assim como o impacto de um grande asteroide no oceano.
Mas o principal fator que potencia a ocorrência de um tsunami é um sismo. A energia libertada pelo terramoto pode dar origem a um tsunami, com maior ou menor expressão, tendo em conta a quantidade de energia libertada.
Mais de 700 milhões de pessoas vivem em áreas costeiras baixas e pequenos Estados insulares em desenvolvimento expostos a eventos extremos como tsunamis, segundo a Organização das Nações Unidas.
No último século, mais de 260.000 pessoas morreram em 58 tsunamis. Com uma média de 4.600 mortes por cada evento catastrófico. Estas cifras superam qualquer outro tipo de risco natural.
O maior número de mortes provocadas pela ocorrência de um tsunami aconteceu a 26 dezembro de 2004, no Oceano Índico. Este tsunami espalhou o caos e causou a morte a cerca de 227.000 pessoas espalhadas por 14 países, sendo a Indonésia, Sri Lanka, Índia e Tailândia os mais atingidos. Foi aliás este evento que provocou a celebração desta importante data.
A história dos tsunamis
Nas últimas duas décadas, os tsunamis foram responsáveis por quase 10% das perdas económicas resultantes de desastres, prejudicando os ganhos de desenvolvimento dos países afetados. O tsunami registado no Oceano Pacífico, apesar de ter sido o mais mortífero e destruidor, não é o mais impressionante registado na história.
A 9 de julho de 1958, a baía de Lituya, no Alasca, sofreu um dos eventos mais dramáticos da memória viva. Um terramoto de 7,9 graus na escala Richter abalou toda a baía. O problema não foi apenas o terramoto em si, mas a onda de mais de meio quilómetro de altura que este gerou.
Este tsunami foi causado por um deslizamento de rochas que acabou na água e gerou uma onda gigantesca nunca antes testemunhada. É a maior onda de que há registo.
Estes impactantes eventos relembram-nos a necessidade de se atender ao tema que move esta comemoração neste ano: aumentar o acesso a sistemas sistemas de alerta precoce de várias ameaças e fornecer informações e avaliações de risco de desastres para as populações.
O alerta precoce e a ação precoce são ferramentas eficazes para proteger as pessoas, salvar vidas e evitar que as ameaças se tornem em desastres ou catástrofes. Estes sistemas de alerta precoce devem abranger todas as pessoas em risco, devem ser multirriscos e as comunidades devem estar preparadas para que possam agir rapidamente.
Porque quando um tsunami ocorre é tarde demais para pensar e não devemos deixar ninguém para trás. E a hora de agir é agora!