Hoje assinala-se o Dia Internacional contra os Testes Nucleares

O Dia Internacional Contra os Testes Nucleares marca o encerramento, em 1991, do maior campo de testes nucleares da antiga União Soviética, na região de Semipalatinsk no Cazaquistão. Neste campo foram realizados mais de 450 testes e, décadas depois, os seus impactos ainda se sentem.

Para honrar estas vítimas é necessário acabar com os testes nucleares de forma mais permanente. Contudo, efetuar uma proibição efetiva e juridicamente vinculativa continua a ser uma das grandes metas não cumpridas do desarmamento nuclear.

O Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT) é um pilar central dos esforços internacionais neste campo mas, apesar de ser amplamente apoiado com 184 signatários e com a ratificação de 168 Estados, ainda não entrou em vigor, mais de 20 anos após a sua adoção.

O futuro das armas nucleares

Têm sido realizados vários esforços, quer a nível internacional quer mesmo por iniciativa da sociedade civil, para colocar um termo ao perigo de exposição e aos seus trágicos efeitos, tanto na vida e saúde das pessoas como no ambiente.

Este dia destina-se a incentivar as Nações Unidas, Estados membros, organizações intergovernamentais e não governamentais, instituições académicas, redes de jovens e os meios de comunicação social a informar, educar e defender a necessidade de terminar os testes de armas nucleares, como um passo valioso para alcançar um mundo mais seguro.

O essencial desta resolução é que "devem ser feitos todos os esforços para acabar com os testes nucleares a fim de evitar efeitos devastadores e prejudiciais na vida e saúde das pessoas" e que "o fim dos testes nucleares é um dos principais meios para alcançar o objetivo de um mundo sem armas nucleares".

Foi proclamado o Dia Internacional contra os Testes Nucleares através da Resolução 64/35, adotada na Assembleia Geral da ONU, de 2 de dezembro de 2009.