O que é que a COP26 procura em Glasgow?

Desde ontem e até 12 de novembro, terá lugar em Glasgow a Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26). Foi anunciada como um "evento sustentável", com neutralidade de carbono, compensando as emissões inevitáveis e dando prioridade à redução das emissões.

Procura-se verificar o que foi anteriormente dito através da Norma ISO 20121, que permite controlar o seu impacto social, económico e ambiental, desde as deslocações para o evento dentro da própria cidade, até ao consumo feito dentro do próprio evento.

Metas da COP26

Para esta ocasião destacam-se quatro eixos principais. O primeiro, assegurar as emissões líquidas zero globalmente até meados do século e manter 1.5 ºC ao alcance; a segunda é adaptarmo-nos para proteger as comunidades e os habitats naturais; a terceira fez referência à mobilização de financiamento para atingir os objetivos e finalmente a quarta, é a promessa agora anual dos países se comprometerem a trabalhar em conjunto.

Na conferência será mencionado que, para cumprir as duas primeiras metas acima mencionadas, os países desenvolvidos (também os maiores poluidores) devem cumprir a sua promessa de mobilizar pelo menos 100 mil milhões de dólares em financiamento climático por ano. Isto num contexto no qual já existem comunidades com insegurança alimentar e onde, em geral, a injustiça climática vive.

Neste ponto, vale a pena refletir sobre a razão pela qual palavras como "negociar" são utilizadas - é a saúde do planeta Terra e o futuro das gerações negociável? ou melhor, como é que alguém reivindica o direito de negociar por todos?, porque desde este ponto de vista, seria desejável uma maior democratização dos processos em direção a um mundo mais sustentável.

Participação da juventude

Antes da COP26, realizou-se em Milão a reunião Youth4Climate: Driving Ambition em Milão com a participação de aproximadamente 400 jovens dos 15 aos 29 anos de 186 países. Juntos, desenvolveram um manifesto onde destacam as áreas temáticas da juventude que impulsionam a ambição, a recuperação sustentável, a participação de atores não estatais e uma sociedade consciente do clima.

No entanto, nada do que foi acima descrito será possível se os países não realizarem ações concretas para a diminuição dos gases com efeito de estufa, além de que as soluções que estão a dar não podem continuar a envolver o extrativismo por parte das potências mundiais na América Latina.

Convidamo-lo a acompanhar de perto o que for acontecendo na COP26 a partir do seu site oficial e das publicações que formos concretizando através da Meteored. Lembre-se que a partir do nível local também se podem realizar atividades que contribuam para as metas globais, tais como não desperdiçar recursos naturais.