Furacão Zeta põe em alerta o Golfo do México
Menos de uma semana após a passagem do Epsilon, o Atlântico continua a registar intensa atividade. O furacão Zeta poderá deixar impactos fortes em áreas densamente povoadas e extremamente vulneráveis. Fique a saber tudo connosco!
Aproximamo-nos do fim do mês de outubro e do fim da temporada de furacões, supostamente no fim do mês de novembro, e a temporada de furacões do Atlântico não dá sinais de abrandar, tanto em termos de frequência como a nível de intensidade.
A tempestade tropical Zeta, formou-se entre a costa das Honduras e as Ilhas Caimão. Desenvolveu-se durante o fim de semana, começando com ventos sustentados na casa dos 65 km/h e pressão atmosférica na ordem dos 1005 mb. Ganhou força rapidamente e na monitorização da tarde de ontem já contava com ventos máximos sustentados de 111 km/h e uma pressão central mínima de 992 mb.
O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos da América (NHC), entretanto considerou o Zeta como um furacão de categoria 1 na escala de Saffir-Simpson, já que os ventos sustentados se encontram na casa dos 129 km/h, com rajadas a atingir os 150 km/h e pressão atmosférica nos 981 mb.
A deslocar-se para Noroeste a uma velocidade de cerca de 16 km/h, espera-se que vá afetar em primeiro lugar a península do Iucatão, nomeadamente os estados mexicanos de Iucatão e Quintana Roo. Depois da passagem do furacão Delta, no início do mês, a península do Iucatão vai ser novamente fustigada por condições atmosféricas semelhantes. Cidades como Mérida, Valladolid, Tizimin e Dzilam de Bravo, fortemente fustigadas no início do mês, estão novamente em alerta para o potencial destruidor destes eventos.
O que podem esperar as áreas afetadas?
Uma das áreas mais afetadas, já anteriormente mencionada, será a península do Iucatão. Nesse estado, principalmente na costa litoral mais a Norte, são esperadas condições meteorológicas semelhantes às que se verificam aquando da ocorrência de um furacão. Ou seja, são esperados elevados quantitativos de precipitação, ventos muito fortes, com rajadas ainda mais fortes e agitação marítima.
Para além da península do Iucatão, as Ilhas Caimão, a porção mais Oeste da ilha de Cuba (Pinar del Rio) e a costa americana do Golfo do México vão sofrer os efeitos do Zeta ao longo da semana. Os elevados quantitativos de precipitação previstos podem originar cheias repentinas, tanto em áreas rurais, como em áreas urbanas, fortemente urbanizadas.
Os cidadãos, tanto mexicanos como norte-americanos devem estar atentos às indicações das autoridades, de forma a precaver eventuais incidentes decorrentes do mau tempo. Para os estados norte americanos é esperada precipitação muito forte nos dias de quarta e quinta-feira, que se vão estender geograficamente do litoral às vertentes Sul das montanhas Apalaches.
Este é o 27.º evento nomeado da temporada do Atlântico, sendo o 11.º furacão a atingir o continente norte americano. Neste capítulo, o ano de 2020 já superou o recorde de 9 furacões a atingir o território continental dos Estados Unidos da América, estabelecido em 1916. Desde que há registos (ano de 1851), o ano de 2020 já está no top 3 dos anos com mais furacões. Apenas os anos de 1950 e 2005 registaram mais furacões até esta data.