Furacão Nicholas implacável no Texas e no Louisiana
Em plena época de furacões, mais um evento com potencial destrutivo atingiu a costa sul dos Estados Unidos da América, colocando infraestruturas e população em perigo. Fique a saber tudo sobre os efeitos da passagem do furacão Nicholas em território norte americano, connosco!
Durante o dia de ontem, terça-feira, o furacão Nicholas, que se desenvolveu como tempestade tropical no Golfo do México, alcançou a superfície terrestre no Estado do Texas, na parte mais a leste da península de Matagorda, a sul da cidade de Houston. Para além das tradicionais chuvas fortes e do risco de inundações, o Centro Nacional de Furacões alertou a população para o vento forte que acompanha este evento, vento que soprará na ordem dos 120 km/h.
Esta tempestade está a mover-se de forma relativamente lenta, segundo os meteorologistas (está a mover-se para Norte-Nordeste a uma velocidade que ronda os 17 km/h), sendo que se durante o dia de ontem afetou o litoral Sudeste do Texas, durante o dia de hoje é esperado que afete o Estado do Louisiana.
Los daños en #Texas continúan derivado del desplazamiento de la #TormentaTropicalNicholas
— Ursula Pamela Garcia (@ursupam) September 14, 2021
Este muestra como el techo de una gasaloninera en #Matagorda es derribado por los fuertes vientos. pic.twitter.com/bVbQ41bArF
A 14.ª tempestade nomeada da temporada de furacões do Atlântico de 2021 está a afetar com chuvas fortes e persistentes que podem provocar inundações graves, ventos fortes e trovoadas, uma extensa área que, de grosso modo, se estende de Houston até Nova Orleães (Louisiana). Esta área, tradicionalmente fustigada por este tipo de eventos, ainda se encontra a recuperar das passagens de alguns furacões de 2020 (como por exemplo o Laura), bem como do Ida, que varreu a área no mês passado.
Efeitos no terreno
Como já foi descrito, a passagem do Nicholas caracteriza-se pela chuva forte e persistente, pelos ventos fortes, pela forte agitação marítima que afeta as áreas costeiras e pelas trovoadas intensas. A precipitação intensa é mesmo o principal perigo pois aumenta substancialmente a probabilidade de ocorrência de inundações costeiras (em conjunto com a ação do mar e das marés), de inundações em áreas urbanas e de inundações repentinas.
Todos os fenómenos adjacentes ao Nicholas têm o potencial de destruir infraestruturas de transportes, como portos, estradas e caminhos de ferro e de perturbar o normal funcionamento da rede de abastecimento de energia elétrica que têm como consequências diretas o encerramento de escolas e de centros de vacinação contra a Covid-19. As previsões do Centro Nacional de Furacões indicam, ainda, a possibilidade de ocorrência de tornados, nas áreas limítrofes ao Nicholas, já no Estado do Louisiana.
Todos os efeitos descritos, em suma, colocam a população em perigo, sendo que as autoridades dos dois Estados mais afetados já distribuíram pelo território algumas equipas de resgate, e recursos logísticos que permitam mitigar o perigo.
É esperado que a partir de quinta-feira, devido ao estado quase estacionário deste sistema ele perca força, passando a depressão tropical. No entanto, os seus efeitos no estado do tempo vão continuar a sentir-se até ao fim da semana, em Estados mais próximos da costa atlântica, como é o caso do Mississípi, do Alabama ou mesmo do Este da Flórida.