Furacão Epsilon ganha vida no Atlântico
Na reta final do mês de outubro, mais um furacão a ficar ativo no Oceano Atlântico. O Epsilon promete afetar nos próximos dias algumas nações insulares, com o habitual tempo severo. Fique a saber tudo connosco!
Durante os dias de segunda e terça-feira, a temporada de furacões do Atlântico “cozinhou” um novo furacão, o Epsilon. Aquilo que inicialmente se caracterizou como uma depressão tropical, com ventos de aproximadamente 56 km/h e uma pressão atmosférica de 1003 mb, tornou-se ontem, dia 21 de outubro, num furacão de categoria 3 na escala de Saffir-Simpson. Registava aquando da última monitorização, ventos máximos sustentados de 185 km/h e uma pressão atmosférica no centro a rondar os 955 mb.
Atualmente a atravessar a área do Oceano Atlântico denominada Mar de Sargaços, sobejamente conhecida pelas correntes marítimas que se desenvolvem em várias direções, o Epsilon está a deslocar-se no sentido SSE – NNO, a uma velocidade de cerca de 16 km/h. É expectável que nas próximas afete o arquipélago das Bermudas.
Devido à aproximação do furacão, principalmente da costa Este, foram desencadeados alguns avisos meteorológicos nas ilhas, em particular na capital, Hamilton, com o objetivo de alertar a população para a perigosidade do evento que se aproxima. Os avisos meteorológicos vão estar em vigor, pelo menos até ao fim do dia de hoje.
Para além do impacto direto na pequena nação insular, territórios mais longínquos podem ser afetados por perigosas ondas e correntes marítimas muito fortes. O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos da América (NHC) acredita que o Epsilon vai fazer-se sentir nas linhas de costa das Bahamas, das Antilhas e das Ilhas Leeward. Ao longo da semana, e com o movimento para Norte deste furacão, as mesmas condições marítimas podem fazer-se sentir na costa Este dos Estados Unidos e do Canadá.
Em que ponto estamos na temporada de furacões?
Na consideravelmente extensa temporada de furacões do Atlântico, o Epsilon é a 26.º tempestade a ser nomeada. É ainda o 10.º furacão da temporada, alcançando uma marca que desde a era dos satélites só tinha sido verificada em 4 anos: 1969, 1995, 2005 e 2017. Curiosamente, este evento é também o mais forte registado a uma latitude tão a Norte numa fase tão tardia do ano civil, desde o furacão Wilma em 2005.
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No decorrer da semana, o Epsilon vai prosseguir a sua marcha, quase sempre paralelo à linha da costa americana. No entanto, durante a próxima semana, há a possibilidade de contornar o arquipélago dos Açores pelo Oeste e vir a afetar a Europa Ocidental e o nosso país. Depois da passagem da depressão Bárbara, causadora de inúmeras ocorrências significativas, o final do mês pode significar a continuação do mau tempo.
À medida que nos aproximamos da data oficial de encerramento da temporada de furacões do Atlântico, a 30 de novembro, é ainda cedo para fazer um balanço completo. Analisando a intensidade e a frequência dos eventos passados é possível esperar algumas surpresas, num futuro próximo.