Furacão Delta intensifica-se rapidamente e já é categoria 4!
O Delta, mais um produto da extremamente intensa temporada de furacões, foi detetado nos radares meteorológicos durante a madrugada de dia 5 de outubro, intensificou-se rapidamente e já ameaça vastas áreas costeiras do Golfo do México, tendo atingido entretanto a categoria 4! Saiba tudo connosco!
Este fenómeno, o já furacão Delta, iniciou-se como depressão tropical, na madrugada do dia 5 de outubro, registando ventos sustentados de 56 km/h e uma pressão atmosférica no centro de 1006 mb. Enquanto no nosso país se gozava um feriado, relativamente ameno em termos meteorológicos, a umas centenas de quilómetros a Sul da Jamaica e a Sudeste das Ilhas Caimão, o Atlântico cozinhava outro poderoso fenómeno.
Cerca de 24 horas após o primeiro registo nos satélites meteorológicos, era já um furacão de categoria 1 na Escala de Saffir-Simpson, com ventos máximos sustentados de 120 km/h e pressão atmosférica no centro de 980 mb. Num período temporal ainda mais curto, de cerca de 12 horas, às 13:00 do dia de hoje chegou à categoria 2, com ventos máximos sustentados de 176 km/h e 960 mb de pressão atmosférica no centro.
Atualmente a deslocar-se no sentido Sudeste – Noroeste, a uma velocidade de 26 km/h, é já um furacão de categoria 4, com ventos máximos sustentados na casa dos 215 km/h e com rajadas de velocidades superiores. Estes dados têm sido recolhidos por aviões de monitorização meteorológica da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês). A leitura dos dados recolhidos permitiu ao Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos da América (NHC, na sigla em inglês), integrante da NOAA, classificar o Delta como um evento “extremamente perigoso”.
Na sua trajetória, espera-se que o primeiro território a ser afetado seja a porção Nordeste da Península de Yucatán, onde se localiza a conhecida estância turística de Cancún. Depois de uma primeira passagem sobre a superfície terrestre, espera-se que cruze o Golfo do México (massa de água fará com que o Delta volte a ganhar força) em direção aos Estados norte americanos do Texas, Louisiana, Mississippi e Alabama.
Efeitos expectáveis da passagem de mais um evento
À medida que o tempo vai passando e o furacão evoluindo, certas áreas vão ficando cada vez mais ameaçadas pelo poder destruidor que é “imagem” de marca destes fenómenos. Assim, as autoridades meteorológicas, sempre em coordenação com as autoridades de cada país, emitiram um conjunto de alertas.
Numa primeira fase, foram emitidos alertas de furacão para o Nordeste da Península de Iucatan, nomeadamente para as cidades de Tulum, na costa Sudeste, Dzilam, na costa Norte, e da Ilha de Cozumel, ao largo da cidade de Playa del Carmen. Nestas áreas são expectáveis condições associadas a furacões, sendo que se devem tomar medidas urgentes de proteção, tanto da propriedade como da própria vida.
Em algumas ilhas próximas, nomeadamente nas Ilhas Caimão e na própria Ilha de Cuba estão em vigor alertas para tempestades tropicais. Isto significa que as referidas áreas podem vir a experimentar condições associadas às tempestades tropicais nas próximas 36 horas. Os estados norte americanos anteriormente citados serão afetados no fim da semana, provavelmente durante o dia de sexta-feira.
Como é habitual neste tipo de fenómenos (e em fenómenos desta intensidade), são esperados ventos fortes, elevados quantitativos de precipitação e forte agitação marítima nas áreas afetadas. No que conta às marés, espera-se que o Delta provoque um aumento de cerca de 1,8 metros em relação à maré que normalmente se regista na Península do Yucatán. Para além do aumento do nível da maré, vão ser registadas ondas de grandes dimensões. Estão criadas as condições para inundações costeiras que provocam a destruição de inúmeras infraestruturas.
Em relação à força e à velocidade do vento, são esperados ventos fortíssimos que podem afetar serviços cruciais, como o abastecimento de energia elétrica e a aviação. Já do ponto de vista da precipitação, são esperados valores elevados nas áreas mais afetadas, principalmente na Península do Yucatán onde as previsões apontam para cerca de 150 mm de precipitação durante a passagem do Furacão Delta. Estes valores elevados de precipitação podem levar à ocorrência de cheias rápidas, que tanto em meios rurais, como em meios urbanos, têm potencial destruidor e mortífero.