Frio sem precedentes e forte nevão atingem o Japão
Não é só na Península Ibérica que os termómetros vão registar temperaturas anormalmente baixas, mesmo para pleno inverno. No Extremo Oriente, outras regiões vão tremer com o frio intenso. Fique a saber mais sobre este assunto, connosco!
Já a partir desta terça-feira, dia 24, o arquipélago do Japão vai vivenciar a passagem da massa de ar mais fria deste inverno, até agora, que trará consigo ventos fortes e nevões intensos. A Agência Meteorológica do Japão (JMA, na sigla em inglês) lançou uma série de avisos meteorológicos à população devido à probabilidade de ocorrer uma intensa queda de neve ao longo da semana, principalmente nas regiões japonesas banhadas pelo Mar do Japão.
As áreas mais a oriente, banhadas pelo Oceano Pacífico, também vão sofrer com as baixas temperaturas. Mesmo as áreas mais próximas do mar, com valores de altitude relativamente baixos, não vão estar a salvo deste evento de frio extremo.
Desde ontem (segunda-feira, 23) que a neve cai com alguma intensidade nas principal ilha mais a Norte, Hokkaido e nas regiões mais setentrionais da maior ilha, Honshu, situação que levou a população local a adotar medidas de prevenção. Há a possibilidade de durante esta semana ser batido o recorde de temperatura mais baixa alguma registada naquele território insular.
Para que se tenha uma ideia da dimensão deste evento, a massa de ar frio que vai afetar milhões de japoneses, pelo menos até ao final da semana, trará temperaturas de pelo menos 15 °C mais baixas do que as que são consideradas normais para esta altura do ano.
Até ao fim do dia de hoje, são esperadas acumulações de neve que variam entre os 20 centímetros (cm) e os 60 cm. Já até ao fim do dia de quarta-feira, as regiões mais a Norte do Japão podem ter mais de 100 cm de neve, sendo que nas regiões mais a Sul (da ilha de Honshu) são esperados pelo menos 20 cm.
Outros efeitos de uma semana incaracterística
Segundo o Instituto de Meteorologia local, associado a este evento de frio extremo vão surgir ventos fortes que vão acabar por exacerbar a sensação de frio. Por exemplo, em Tóquio, capital do Japão, as temperaturas mínimas vão variar entre os -2 °C e os -5 °C, mas a sensação térmica, dinamizada por ventos fortes, vai superar os -11 °C (isto já para a madrugada hoje).
Aos ventos fortes vai estar associada forte agitação marítima, que se prevê que varra a costa das ilhas japonesas. Do Norte ao Sul, as comunidades costeiras vão estar em alerta, já que a forte agitação marítima pode por em perigo as infraestruturas e em último caso, a população.
Toda esta conjugação de fatores pode resultar no corte de estradas e de linhas de caminho de ferro, bem como provocar falhas no abastecimento de energia elétrica e de água potável, que se podem prolongar por vários dias. Em certos locais, as próprias canalizações de água nas paredes das habitações podem congelar.
Desta forma, é aconselhável que a principal medida de prevenção (e proteção) que a população deverá tomar é restringir a frequência das saídas de casa. A população deverá ainda armazenar bens de primeira necessidade, como água e alimentos, vestir roupas quentes e ter forma de manter a habitação a uma temperatura minimamente agradável.