Europa é um bom exemplo da redução da mortalidade causada por PM 2.5
A União Europeia (UE) tem feito grandes esforços para diminuir a mortalidade associada à poluição e, sobretudo, a partículas finas (PM 2.5). Entre 2005 e 2020, a mortalidade caiu em 45%. A boa notícia é que, a este ritmo de redução, em 2026 será alcançada a meta estabelecida para 2030. Saiba mais aqui!
O Plano de Ação para a Poluição Zero na União Europeia (UE) procura reduzir o número de mortes prematuras causadas por PM 2.5 até 2030 em pelo menos 55%, quando comparado com os valores de mortalidade atribuídos a esta causa em 2005.
O número de mortes prematuras atribuíveis à PM 2.5 caiu em 45% até 2020, quando comparado com os valores de 2005. Desta forma, se se mantiver o ritmo de redução, a meta de 55% será alcançado já em 2026.
Europa procura reduzir as consequências dos riscos ambientais na mortalidade
Em 2020, nos Balcãs foi onde se registaram os valores mais altos de mortalidade causados por PM 2.5, associado sobretudo à queima de combustíveis. No mesmo período, os valores mais baixos foram registados nas regiões escandinavas.
A poluição do ar é uma das principais causas de morte prematura e de doenças na Europa. Da mesma forma, constitui-se um dos maiores riscos ambientais para a saúde. Dentre esses poluentes do ar, o que é gerador de impactes mais severos na saúde humana é o PM 2.5.
Para fazer face a este tipo de poluente, o pacto ecológico europeu tem procurado melhorar ainda mais a qualidade do ar e aproximar os padrões aos estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS). De facto, este objetivo inscreve-se no plano de ação da poluição zero da UE. A redução da mortalidade prematura associada à PM 2.5 em 45% na UE-27, no período compreendido entre 2005 e 2020, coloca bem acima as expectativas dos políticos e dos especialistas internacionais.
As melhorias registadas nas concentrações de PM 2.5 resultam, por um lado, das políticas nacionais e regionais, que procuram reduzir as partículas lançadas diretamente para a atmosfera (emissões primárias), nomeadamente resultantes do aquecimento doméstico e, por outro lado, da implementação da Diretiva 2016/2284 relativa aos Compromissos Nacionais para a Redução de Emissões.
Nesta senda, entre 2005 e 2020, a redução das emissões primárias de PM 2.5 na UE cifrou-se em 32%, o que é um resultado muito positivo perante os esforços de todos os estados da UE.
Perspetiva animadora na Europa obriga a mais esforços para atingir metas
O contexto atual de melhoria da qualidade do ar e do número de mortes prematuras coloca, de facto, uma perspetiva bem animadora para a UE. Convém, de qualquer modo, salientar que esta estimativa se baseia apenas na continuação da tendência observada e não se trata de uma projeção. Para tal, seria necessário considerar eventuais desenvolvimentos recentes ou futuros de políticas adotadas para melhorar a qualidade do ar desde o início da década de 20 deste século.
Continuar a reduzir as concentrações de PM 2.5 à taxa atual durante a próxima década será já um grande desafio. É fundamental que os governos façam esforços muito grandes para implementar de forma integral os programas nacionais de controle para a poluição do ar e a análise do cumprimento das medidas necessárias para atingir as metas do clima e energia para 2030.