EUA anunciam avanço histórico para energia limpa e inesgotável
À medida que os cientistas lançam o alarme em relação às alterações climáticas, os EUA estão perto de adotar medidas de energia verde e de emissões. Saiba mais aqui!
O Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas, da ONU, emitiu, a 9 de agosto, um relatório que concluiu que o aquecimento global está a acontecer mais rápido do que se esperava e que são necessários cortes drásticos nas emissões mundiais para conter o aumento da temperatura global abaixo de 2ºC - o limiar para evitar consequências devastadoras para a humanidade.
Os Estados Unidos preparam-se para adotar uma série de novas políticas energéticas que, pela primeira vez, colocarão os EUA - o segundo maior poluidor do mundo depois da China (emitindo mais de 6.6 mil milhões de toneladas de CO2, por ano.) - num caminho para cumprir a sua promessa de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa para metade, até 2035.
Numa série de medidas pendentes, perante o Congresso dos EUA, e novas diretivas da administração Biden, a economia dos EUA iniciará uma ampla mudança para veículos elétricos, solares e eólicos com reduções nas emissões de gases com efeito de estufa (GEE's) por combustíveis fósseis.
Energia limpa
Desde que tomou posse em Janeiro, o Presidente Joe Biden aderiu novamente ao Acordo de Paris - abandonado pelo seu antecessor Donald Trump - e comprometeu-se a reduzir as emissões de GEE's dos EUA em 50%.
Os principais incentivos e investimentos para novas energias limpas estão contidos em dois importantes atos legislativos agora pendentes no Congresso, um projeto de lei de 1 trilião de dólares sobre despesas em infraestruturas e uma política orçamental de 3.5 triliões de dólares.
Este projeto de lei de infraestruturas, que passou no Senado com um voto bipartidário de 69-30, inclui 65 mil milhões de dólares para modernizar a rede elétrica envelhecida dos EUA, impulsionar as tecnologias de captura de carbono e transferir a produção de energia para fontes limpas como o hidrogénio.
Inclui, também, 7.5 mil milhões de dólares para estações de carregamento de veículos elétricos e 5 mil milhões de dólares para compras governamentais de autocarros escolares elétricos e híbridos.
À luz do alarmante relatório da ONU, é imperativo mudar para veículos elétricos, afirmou Gil Tal, diretor de pesquisa de veículos elétricos na Universidade da Califórnia-Davis, à Al Jazeera.
Na Califórnia, o estado mais populoso dos EUA, onde se registam agora, pelo quarto verão consecutivo, incêndios florestais provocados pelas alterações climáticas, o Governador Gavin Newsom ordenou que todos os novos carros e camiões vendidos no estado fossem elétricos até 2035.