Este verão não arranje desculpas: faça-se à estrada e conheça as 5 regiões mais bonitas de Portugal
É sempre bom viajar, sabemos. Melhor ainda, porém, é descobrir tudo o que o nosso país tem para oferecer. A Condé Nast Traveller compilou uma lista com os melhores destinos para fugir à confusão das grandes cidades.
Ainda estamos no início de junho, mas o verão não tardará a aparecer. Entre aguaceiros, trovoadas, granizo e chuva de lama, quando der por isso já estamos no dia 20 de junho, e essa data só significa uma coisa: “estará oficialmente aberta a época das escapadinhas de fim de semana”.
A “chuva de lama” costuma acontecer quando o transporte da massa de ar que contém as poeiras está associado a uma depressão. Numa situação de precipitação as poeiras entram em coalescência com as gotas da chuva, e esta combinação origina precipitação com poeiras agregadas, daí a designação do referido fenómeno.
Passado o estado de tempo alucinante, chegará então o momento de meter-se no carro e partir à aventura por Portugal. Mas, aí, chegará a questão que tanto atormenta os portugueses: “por onde começar?”
A verdade é que é realmente difícil nomear as cidades mais bonitas de Portugal. O nosso país é tão variado em termos de paisagem e de cultura, que fazer essa escolha pode ser angustiante e até injusto. O bom é que agora já não tem de se preocupar com isso. Porquê? Porque a Condé Nast Traveller já fez essa seleção por si.
“Embora as zonas mais movimentadas do país sejam sem dúvida deslumbrantes, Portugal tem mais do que Lisboa e Porto — e mais do que a costa dourada do Algarve e do que os clubes de praia hippies da Comporta. Existem jóias desconhecidas onde poderá caminhar pelas florestas, assim como, locais que se tornam um centro de atividades nos meses de verão”, lê-se.
Conheça as cinco aldeias, vilas e cidades mais bonitas de Portugal, segundo a Condé Nast Traveller.
Vila Nova de Milfontes
“A costa alentejana é mais conhecida pela Comporta ou por Melides, mas há muito mais para ver neste maravilhoso troço do país”, referem os autores.
Vila Nova de Milfontes, por exemplo, na foz do rio Mira, atrai pessoas de todo o país que procuram a água fresca para se refrescar nos meses mais quentes.
“Na costa, há uma excelente cena de surf (embora isso não seja incomum em Portugal), e as praias tendem a ser mais calmas do que as suas vizinhas mais populares — exceto em agosto, quando os habitantes locais cobrem cada centímetro quadrado de areia com toalhas de praia coloridas.”
Além de dar um mergulho, ou de fazer um piquenique, aproveite para explorar o estuário do Rio Mira de barco ou para visitar a fortaleza de Vila Nova de Milfontes. Não se esqueça de provar a cozinha local nos restaurantes da vila.
“Se estiver a conduzir de Lisboa para o Algarve, ou vice-versa, esta pacata e ensolarada cidade é o desvio ideal.”
Azenhas do Mar
Não existe nada mais pitoresco do que isto: uma pequena aldeia de casas caiadas de branco com telhados de terracota estereotipados no topo de uma colina com vista para uma costa rochosa.
“Além das deslumbrantes vistas costeiras, a cidade tem muito a oferecer em termos de locais bonitos, e há até um trilho sinalizado para ajudá-lo a aproveitar ao máximo. As estradas sinuosas e os degraus para chegar à praia significam que esta cidade não é para os medrosos, mas o trabalho árduo traz recompensas — e ficará grato por explorar quando vir essas vistas.”
Évora
A pouco mais de uma hora de Lisboa, situada na região do Alentejo, fica Évora, uma cidade medieval que remonta à época celta, rodeada pelas muralhas romanas. Dentro delas, o cenário parece tirado de um filme: ruas caiadas, casas caiadas com detalhes em azul ou amarelo e grandes igrejas para explorar.
Aqui parece que tudo congelou no tempo, mesmo as lojas de souvenirs ficam em vielas estreitas, no piso térreo de pequenos apartamentos pertencentes a moradores locais.
A publicação sugere que explore a cidade a pé. Não deixe de visitar a Igreja de São Francisco, uma construção do século XV que já fez parte do Mosteiro Franciscano e cuja principal atração agora é a Capela dos Ossos. O templo de Diana é outro marco icónico da cidade.
“Outros locais a não perder são a Sé de Évora, o Palácio Cadaval e a Praça do Giraldo, que dá acesso a ruas onde pode fazer compras e saborear a gastronomia local.”
Paredes de Coura
Fora do Porto e do Vale do Douro, o norte de Portugal é muitas vezes esquecido pelos turistas, mas bem sabemos que isso é um erro. Afinal, esta região oferece algumas das vistas mais incríveis (já para não falar do ar fresco e sereno que se respira).
Paredes de Coura é apontado, pela Condé Nast Traveller, como o “lugar ideal para vivenciar pura tranquilidade, descobrir quedas de água e caminhar pela fauna e flora”.
“O estilo das casas da aldeia aqui é distintamente diferente dos edifícios caiados vistos em todo o Alentejo e Algarve; aqui, eles são feitos de ardósia escura para proteger do clima montanhoso e de vários elementos. Em agosto, a cidade acolhe o festival anual de música e tudo fica subitamente animado, à medida que portugueses e turistas passam uma semana a apanhar sol, a nadar no lago e a dançar até de madrugada”.
Sete Cidades
“É quase difícil acreditar que possa existir um lugar tão sobrenatural como os Açores, principalmente quando se explora as Sete Cidades pela primeira vez”, afirmam.
Localizados na ilha de São Miguel, os icónicos lagos gémeos — um azul, um verde — ocupam o centro das atenções. Talvez por estarem “rodeados por falésias verdes tão brilhantes que parece que têm um quê de conto de fadas”.
Na verdade, existe uma lenda que diz que as duas cores são representadas por uma princesa e um pastor, que se apaixonaram antes que o pai da princesa proibisse o relacionamento. Quando se encontraram pela última vez, a princesa, cujos olhos eram azuis, e o pastor, cujos olhos eram verdes, choraram tanto que deram cor aos lagos.
A realidade, essa, é bem menos bonita (e imaginativa): uma é colorida pela vegetação e outra pelo céu. Mas a magia e o mistério desta parte de Portugal permanecem.
“Experimente-a plenamente percorrendo um dos muitos trilhos ou visitando um miradouro que proporciona uma vista perfeita para contemplar a zona”, recomendam os autores da lista. E as indicações não ficam por aqui.
Se Monsanto merece lugar nesta lista por ser uma vila “surpreendente e autêntica”, Sortelha ganha destaque pelas “vistas deslumbrantes”. Alte e o Talasnal também são mencionados, ora pelas casas caiadas de branco, ou por proporcionarem um “gostinho da culinária e do artesanato da região”.
São ainda referidos outros nomes como Carvalhal, Lindoso, Marvão, Cacela Velha, Amarante e Belmonte.