Esta mina esconde uma catedral de sal incrível a 180 metros de profundidade

“Força oculta” que faz subir os continentes, praias belas e terapêuticas, portais mágicos e igrejas inclinadas. Explicável ou não, no mundo há coisas verdadeiramente surpreendentes — e todas merecem ser visitadas e conhecidas. Uma delas fica na Colômbia.

A Catedral de Zipaquirá é uma das atrações mais incríveis deste país da América do Sul e, sem dúvida, uma obra-prima da arquitetura e da engenhosidade humana. Localizada a cerca de 50 quilómetros de Bogotá, esta catedral não é como as outras. Porquê? Porque foi esculpida dentro de uma montanha de sal. Sim, isso mesmo: dentro de uma mina de sal!

Construída em 1954 pelos mineiros do município, passou de ser um local de culto — com secções que representam o nascimento, a vida e a morte de Jesus Cristo — a uma obra-prima que junta história, arte e engenharia.

Não nos surpreende saber, portanto, que todos os anos, o santuário atrai milhares de visitantes de todo o mundo — principalmente desde a sua reinauguração. Em 1995 este local foi construído a uma maior profundidade e passou a envolver uma série de túneis e câmaras que se estendem a cerca de 180 metros de profundidade.

Outra das particularidades é que a catedral oferece ainda uma variedade de atrações adicionais, como um parque temático, museus de mineração e geologia, assim como exposições sobre a história do sal. “A beleza de cada detalhe é realçada pela iluminação cuidadosamente projetada pelas equipas de engenheiros, criando uma experiência mística para os visitantes”, lê-se na revista ‘NiT’.

Ao entrar na catedral, será transportado para um mundo subterrâneo cheio de surpresas. As paredes e esculturas brilham com cristais de sal, e a iluminação suave cria uma atmosfera mágica, quase surreal.

Feitas as contas, a visita demora cerca de 3 horas, já que a Catedral de Zipaquirá é bastante extensa. Mas não pense em correr de um lado para o outro. Como o próprio piso é também de sal, sugerimos-lhe que não corra, para evitar possíveis quedas.

O acesso e o percurso são feitos a pé, em corredores bem amplos — tanto de largura, como de altura —, com iluminação indireta e com equipamentos de segurança.

“Ninguém do grupo sentiu a sensação de claustrofobia. Tudo lá dentro é bem tranquilo, assim como a descida”, garante a equipa da ‘Panrotas, que visitou a Catedral a 1 de junho de 2024.

Aliás, toda a catedral é acessível a pessoas com necessidades especiais. Durante a visita, inclusive, o grupo viu um casal de idosos a ser transportado em cadeiras de rodas “tranquilamente”. E, se, é uma daquelas pessoas que já não vive sem acesso à Internet, não se preocupe: há serviço wifi em toda a estrutura.

Uma visita inesquecível

A visita inclui várias estações que representam a Via Crucis, levando os visitantes por uma espécie de jornada espiritual enquanto admiram a arte esculpida em sal e observam as 14 passagens que Jesus Cristo fez, de acordo com a tradição cristã, antes de ser crucificado.

Chegará ao ponto alto na imensa nave principal. Aqui encontrará aquela que é a maior cruz do mundo em dimensões dentro de uma montanha. Com 20 metros de altura e 12 de largura, parece quase flutuar no ar.

Uma experiência recente

Mais recentemente (em junho deste ano), o complexo passou a oferecer uma nova experiência para o público. “Um novo museu subterrâneo foi instalado nas câmaras 11 e 12 do espaço de Zipaquirá”, informa a revista ‘NiT’. O destaque vai para as 22 esculturas em relevo de sal feitas por artistas de 19 países e quatro continentes.

Este projeto artístico estava já planeado para 2020, mas foi adiado devido ao início da pandemia. “Entretanto, foram surgindo outros desafios que levaram os responsáveis a ver este antigo local de culto como a morada ideal para a arte como um instrumento de diálogo.”

Pronto para se deixar encantar e impressionar com o que a combinação de natureza e criatividade humana pode oferecer?