Espécie marinha exótica encontrada na Tasmânia

De acordo com o The Science Times, foi identificada por um popular, uma espécie marinha que se assemelha aos predadores de filmes de ficção cientifica, na Austrália. Fique a saber mais sobre esta espécie aqui!

Ovo de peixe-elefante
Um local da Tasmânia fez a descoberta numa praia no litoral norte da Austrália. Fonte: Wikimedia Commons

De acordo com o The Science Times, foi encontrada numa praia na Tasmânia, em Bakers Beach, na Austrália, uma cápsula preta designada como alienígena.

Depois de ter sido partilhada online pelo local que a descobriu, esta foi mesmo comparada a predadores fictícios de filmes de ficção científica.

Porém trata-se de uma espécie marinha, uma espécie natural relacionada com os tubarões.

De acordo com Helen O'Neill, técnica de investigação da Organização de Investigação Científica e Industrial da Commonwealth (CSIRO), trata-se de um ovo de peixe-elefante. Os peixes-elefante põem geralmente os seus ovos numa superfície macia, colando-se à terra, evitando assim que ele seja levado pelas marés.

Este avistamento é determinante para os cientistas, uma vez que significa a existência de determinadas espécies nestes locais, apesar do ovo em questão ter sido levado pelas correntes.

Significa também que estas espécies estão a procriar nas proximidades. Os tubarões, assim como acontece com outros animais, dão à luz em locais onde é propensa a sua sobrevivência, tratando-se assim de um habitat crucial.

A CSIRO é uma organização científica nacional e a sua iniciativa, denominada Great Eggcase Hunt, incentiva os cidadãos a encontrar e registar online os ovos que encontram na costa, com o objetivo de ajudar a comunidade científica.

Mas o que é um peixe-elefante?

Peixe-elefante
Esses animais marinhos são cartilaginosos como os tubarões, porém, possuem uma linhagem evolutiva diferente. Fonte: Wikimedia Commons


O peixe-elefante (Gnathonemus petersii), assim como o seu nome, também a sua forma chama a atenção devido ao seu aspeto curioso.

O seu nome deriva da sua estranha aparência, uma vez que apresenta duas barbatanas dorsais e enormes barbatanas peitorais e uma espinha dorsal substancial que surge antes da primeira barbatana dorsal.

Estes peixes têm um único orifício branquial de cada lado antes da barbatana peitoral, onde os poros do focinho são utilizados para detetar as presas.

A “tromba” que se assemelha a um elefante, designada como órgão de Schnauze, serve para emitir pequenas descargas elétricas, permitindo ao animal orientar-se no escuro e comunicar com outros peixes-elefantes, além de localizar presas em águas turvas.

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É considerado um peixe grande, uma vez que pode atingir um máximo de 1 a 2 metros com um peso de 7 Kg e podem chegar a viver cerca de 15 anos.

Os peixes-elefante não têm escamas, o que os torna especialmente sensíveis à qualidade da água e aos produtos químicos derramados nas águas dos rios. - De acordo com Helen O'Neill.

O peixe-elefante vive a 200 metros de profundidade na plataforma continental e em baías pouco profundas, tal como em grandes estuários. Os peixes considerados juvenis vivem nas águas costeiras pouco profundas, onde progressivamente se vão descolando para mares mais profundos à medida que vão envelhecendo.

Atualmente esta espécie apresenta um estado de conservação preocupante, uma vez que é ameaçada principalmente pelas descargas tóxicas nos rios onde habitam assim como a captura ilegal para o tráfico de espécies.