E se Portugal voltar a tremer? Descubra onde pode reviver o grande terramoto de 1755 e como sobreviver aos sismos

Os sismos apanham qualquer um de surpresa, mas, para a próxima, não precisa de ser apanhado desprevenido. Na capital, há um lugar onde pode preparar-se e aprender mais sobre este tema.

Terramoto
Sabe o que deve fazer? Foto: Pixabay

Os quadros caem, os estores oscilam e as portam abrem-se. Os abalos dos sismos podem ser sentidos de várias formas, mas, independentemente da maior ou menor intensidade de cada um, ninguém pode negar: o frio na barriga aparece sempre.

A verdade é que, sempre que se fala num terramoto aos portugueses, é recordada a história do mais violento tremor de terra de que há registo no país: aquele que atingiu Lisboa em 1755.

É o caso do sismo de 3.4 na escala de Richter, que afetou a costa sul de Portugal na tarde de 6 de novembro.

O sismo de 3.4 no Algarve reacende o interesse por ‘terramotos’ em Portugal, destacando a importância de medidas preventivas face ao risco sísmico”, escreveu Hélder Lopes, na passada quinta-feira. “Na tarde de 6 de novembro de 2024, às 16h03, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) registou um sismo de magnitude 3.4 na escala de Richter ao largo da costa sul de Portugal, com o epicentro localizado a cerca de 60 km de Olhão, no Algarve.”

“Apesar da magnitude moderada e de não haver relatos de que o abalo tenha sido sentido em terra, este evento relembra a sismicidade que caracteriza a região”, continua. “O sismo recente, aliás, reaviva a discussão sobre a preparação de Portugal para eventos sísmicos de maior impacto, como o que se associa ao terramoto devastador de Lisboa em 1755.”

Está preparado para a eventualidade de sentir um sismo?

Já sentiu algum sismo? Sabe o que deve fazer quando ocorre algum? Conhecemos o local ideal para aprender mais sobre esse assunto. O melhor, é que pode fazê-lo de forma interativa e completamente diferente da ideia que pode ter de um museu.

“O Museu Quake, na capital portuguesa, é um local para recordar a história e os impactos desse grande terramoto, mas também para perceber o que pode ser feito perante uma situação semelhante”, escreve a ‘SIC Notícias’.

Um museu interativo

Jogos de luzes, projeções, animação e movimento. Quem passa pelo Quake – Centro do Terramoto de Lisboa garante que se trata de uma experiência única — e nós não temos dúvidas.

Esqueça aquela ideia dos museus formais em que só se entra para contemplar uma peça. Aqui há uma máquina do tempo que leva os participantes até 1 de novembro de 1755 — o dia que mudou Lisboa para sempre. Na igreja, por exemplo, todos sentem a terra a tremer.

Quake
Um museu diferente. Foto: DR

“Uma viagem imersiva e única pela história de Lisboa”, lê-se no site oficial. “Uma incrível viagem no tempo a 1755 que permite reviver o acontecimento mais dramático e transformativo de Lisboa — o Terramoto de 1755”, garantem.

Durante 1h e 30 minutos, cada visitante pode conhecer as 10 salas “imersivas e inovadoras” do museu e descobrir os segredos desta “Lisboa perdida”. E não se preocupe, porque esta experiência está disponível em quatro idiomas (português, inglês, espanhol e francês) e é adequada para todas as idades (a partir dos 6 anos).

A ideia é que o visitante saia “mais alerta do que pode fazer individualmente e na sua comunidade para proteção contra sismos” e “preparar a população, de alguma forma, para fazer o seu próprio plano de emergência”, esclarece Maria Marques, em declarações à ‘SIC’.

Os bilhetes para o Quake – Centro do Terramoto de Lisboa podem ser adquiridos online ou presencialmente. Custam cerca de 28€ para adultos, 20€ para crianças (6 aos 12 anos) e 23€ para séniores (+65). Ao reservar um dia antes através do site, pode poupar até 10% no valor total.