Delta Aquáridas, a chuva de estrelas que não pode perder neste mês de julho: saiba como, quando e onde observá-las
Em breve vai ser possível "apanhar" alguma Delta Aquárida perdida no céu e este ano de 2024 será um bom ano para ver esta chuva de meteoros. Eis tudo o que precisa de saber.
As Delta Aquáridas não são as estrelas cadentes mais célebres ou as mais brilhantes. Porém, são normalmente uma boa aposta para os observadores e amantes da astronomia. Este ano as condições vão ser das melhores possíveis para a sua observação, o que cativará ainda mais o fascínio dos entusiastas de observação do céu noturno, sempre sedentos por eventos astronómicos e celestes espetaculares.
Quando atingirá o seu pico?
De acordo com o Observatório Astronómico Nacional de Espanha, apesar de esta ser uma chuva de estrelas algo "tímida", estão previstos cerca de 25 meteoros por hora, uma taxa de atividade inferior à do hemisfério sul, onde serão melhor observadas pois o radiante está mais alto no céu. O seu pico será atingido na noite de 31 de julho, mas tanto essa noite como a do dia 30 serão excelentes para a sua observação.
Desta vez serão mais fáceis de "caçar", uma vez que o máximo de atividade ocorrerá três dias após a Lua estar na fase de quarto minguante, o que não facilitará a observação das estrelas cadentes.
O facto de atingirem o seu pico a 31 de julho não significa que irão deixar de estar visíveis. Estarão a pairar nos céus de hoje até finais de agosto, o que aumenta bastante as suas hipóteses de observação.
De onde provêm estas estrelas cadentes?
As Delta Aquáridas provêm do cometa 96p-Machholz que orbita o Sol de 5 em 5 anos. O radiante provém da constelação de Aquário, especificamente na estrela delta, chamada Skat, mas o que significa o radiante? É a direção de onde a chuva de meteoros parece vir no instante do seu máximo.
O fascinante clarão tem origem quando os fragmentos do cometa viajam pelo espaço e entram na nossa atmosfera, tal como as outras estrelas cadentes. Ao entrarem, começam a desintegrar-se a velocidades superiores a 41 quilómetros por segundo, rasgando o céu e deixando estas belas e efémeras linhas brilhantes.
O que é preciso fazer para as vermos?
O local de observação é o menos importante, apenas tem de proporcionar um céu escuro. É melhor ir para locais com poucos obstáculos visuais e sem objetos ou instrumentos ópticos, a menos que seja um profissional. Edifícios altos, árvores e montanhas são as apostas mais fiáveis. Sair da cidade e evitar a poluição luminosa contribuirá muito para que os seus olhos se habituem e apreciem o espetáculo da luz.
Esta chuva de meteoros é procedente da constelação de Aquário, mas pode ser vista de qualquer parte do céu a partir das 00:00, altura em que o radiante estará acima do horizonte. É melhor dirigir o olhar para as zonas mais escuras, na direção oposta à da Lua, se a observação for feita quando o nosso satélite ainda está presente. Chegar meia hora ou uma hora mais cedo ao local de observação pode ajudar a nossa visão a habituar-se à escuridão.