De olhos no céu: chuva de estrelas Delta Aquáridas atinge o pico em breve!
Daqui a poucos dias a chuva de meteoros Delta Aquáridas atingirá o auge, iluminando o céu noturno e proporcionando um belo espetáculo aos entusiastas e profissionais da Astronomia. Saiba aqui quando e como as observar, não perca a oportunidade!
Apesar de não fazer parte do conjunto de chuvas de estrelas mais luminosas e célebres do ano, as Delta Aquáridas constituem um fascinante espetáculo noturno para observadores e apaixonados pela Astronomia e pelo Universo.
A grande popularidade das estrelas cadentes do verão é possuída pelas Perseidas, não obstante, as Delta Aquáridas também são um belo fenómeno astronómico que, dependendo das condições meteorológicas e do local escolhido para a sua contemplação, poderá dar origem a noites cheias de bonitos registos e incríveis memórias.
Porque as Delta Aquáridas se chamam assim e qual é a sua origem?
Os meteoros da Delta Aquáridas têm origem no Cometa 96P Machholz (orbita em torno do Sol a cada 5 anos) e surgem quando a nossa Terra cruza o caminho orbital de um cometa. A designação atribuída a esta chuva de estrelas deriva dos traços das suas estrelas cadentes parecerem sair dum ponto da constelação do Aquário, aquilo a que os astrónomos chamam de radiante. De acordo com o Observatório Astronómico de Lisboa, a chuva de meteoros das Delta Aquáridas começou no passado 18 de julho e terminará no próximo 21 de agosto.
O pico máximo de atividade destas estrelas cadentes será alcançado na noite de 28 para 29 de julho. Não obstante, mesmo coincidindo com a fase de Lua Nova (noite escura), em cerca de uma hora não deverá ser possível observar pouco mais do que 10 destes pequenos fragmentos do dito cometa. Na melhor das hipóteses, poderão ser produzidos entre 15 a 20 meteoros por hora, que se deslocam a 41 km/s.
A origem do clarão que tanto fascínio nos provoca relaciona-se com a entrada na nossa atmosfera dos fragmentos do cometa, que viajam pelo Espaço a uma velocidade estonteante de aproximadamente 15.000 km/h. E assim que o fazem, inicia-se um processo de desintegração, e o céu fica desenhado por deslumbrantes linhas brilhantes e fugazes – as estrelas cadentes ou chuvas de meteoros.
Condições de observação do fenómeno, a escolha do local e o estado do tempo
Sendo estes meteoros detentores de um brilho menos intenso e com menor frequência horária, será mais difícil detetá-los, o que requer muita atenção e concentração por parte do observador, misturado com uma boa dose de sorte e timing.
Ainda assim, os especialistas sugerem que, no período entre 28-30 de julho, quando se prevê o auge das Delta Aquáridas, a melhor altura da noite para observar este fenómeno astronómico seja após a meia-noite, mais especificamente cerca das 2 ou 3 horas da madrugada. De preferência, com o céu totalmente escuro (o que coincide este ano com uma fase de Lua Nova), livre da nebulosidade ou chuva, e quando o ponto radiante estiver o mais elevado no céu.
Assim, aquilo que recomendamos é que, caso lhe seja possível, se desloque para um qualquer miradouro, montanha ou local relativamente distante das grandes ou médias cidades. Estes sítios podem tornar-se os ideais para admirar uma noite banhada por estrelas. Sendo esta chuva de estrelas pouco intensa, há que ter em conta o estado do tempo, esteja em Portugal ou no estrangeiro. Aconselhamos que consulte as previsões no nosso website ou app, algumas horas antes de assistir a este espetáculo noturno.
Por último, quando já tiver optado pelo local da observação, tente chegar entre 30 minutos a 1 hora antes, para que os seus olhos se adaptem à escuridão e às condições de luminosidade aí presentes. Boas observações!