Como podemos ajudar na inversão do declínio dos insetos?

Até mesmo os pequenos espaços verdes podem ajudar na promoção da biodiversidade, através de uma diferente plantação e na não utilização de inseticidas. Fique a saber mais aqui!

A importância dos agentes polinizadores
A polinização natural, através de agentes polinizadores, como é o caso das borboletas, abelhas, moscas, besouros e até mesmo os morcegos, é fundamental para a manutenção da biodiversidade e para a produção de alimentos.

As abelhas, como fonte de mel, e a breve vida das borboletas tornaram-se um fascínio para os Humanos. No entanto a atitude do ser humano em relação a estes seres vivos podem ser, em regra geral muito variados. Os agricultores denominam muitas vezes estes insetos como pragas uma vez que estes comem o que eles cultivam.

Porém, até mesmo as criaturas que não se alimentam das hortas e dos jardins não são muitas vezes salvas. A verdade é que, segundo uma notícia publicada no The Guardian, as populações de insetos estão em declínio devido à utilização de pesticidas na agricultura, originando assim a perda de habitat.

No Reino Unido, estima-se que o número de insetos voadores, de acordo com uma análise às matrículas dos veículos, tenha diminuído 58,5% entre 2004 e 2021.

A importância da sensibilização no reino animal

Na ultima década, a sensibilização para a importância das abelhas e de outros
polinizadores tem vindo a aumentar
, pois estes constituem uma parte crucial de múltiplos ecossistemas.

As alterações necessárias na utilização dos solos e na agricultura para inverter estas tendências alarmantes dependem principalmente dos decisores políticos.

Contudo, para além dos políticos, todos aqueles que têm a sua própria horta, jardim ou até propriedade têm um papel importante a desempenhar, através de
novas técnicas que reflitam as necessidades da natureza.

Devem assim ser incluídas, sempre que possível, árvores amigas da vida selvagem, como as maçãs-caranguejeiras, e evitar herbicidas e venenos para os insetos.

Dente-de-leão
O dente-de-leão é muito eficaz na colonização de áreas abandonadas e descampados, devido à grande capacidade de dispersão das suas sementes e de adaptação a qualquer tipo de solo.

Outras alterações benéficas incluem a plantação de uma maior variedade de plantas, idealmente incluindo algumas espécies nativas, que são mais hospitaleiras para a vida selvagem.

Criação de espaços verdes multiplicam a vida de insetos

De acordo com um estudo australiano, a plantação de espécies indígenas num
espaço verde urbano fez com que o número de insetos se multiplicasse sete vezes em três anos.

Segundo estes cientistas a relva artificial deve ser evitada, tal como à medida que o clima aquece, também faz sentido escolher plantas menos sedentas.

Em Sheffield, em Inglaterra, a título de exemplo, foi aplicado um projeto de regeneração que tem atraído elogios generalizados, denominado Grey to Green.

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Este projeto, que traz cor e sustentabilidade à cidade, consistiu na criação de uma série de jardins, incentivando ao ciclismo e à caminhada, com o propósito de reterem e drenarem a água da chuva, numa área de defesa contra inundações com um quilómetro de comprimento.

Desta forma quer os especialistas, assim como os amadores estão a alterar os seus hábitos, uma vez que devido ao aumento das áreas urbanizadas, muitos espaços se tornaram um ambiente hostil para a vida selvagem.